segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pena de Narciso

 De Narciso, coitado, sinto pena
Ficou só por si mesmo apaixonado
Por mais que Eco tenha lhe agradado
A ele, ela era tão pequena.

De Narciso, coitado, sinto pena
O jovem morreu tão cedo e acabado
Em uma flor qualquer foi transformado
Recebeu um amor que envenena.

Se ao meu amor Narciso conhecesse
Por mais que o metido não merecesse
Veria que tal semblante é bem mais liso.

Meu amor tem a imagem mais bela
Devia ter uma pintura em tela
Que pena eu tenho tanto de Narciso.


Odisseu Castro.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Misterioso



Que pose é essa tão misteriosa?
Não posso desvendar, meu doce amigo.
E que sorriso é esse, enigmático,
Que tento traduzir e não consigo?

E tal olhar que só você ostenta?
Será herança do jovem Jacinto?
Foi nessa mente, onde sempre me perco,
Que Dédalo espelhou seu Labirinto?

Quem é esse homem tão misterioso
Que se arma de inocência de criança
Como um escudo forte, indestrutível?
Só posso dele ter desconfiança.

Mas essa impenetrável armadura
Não me afasta, quer desafiar.
Eu sei que se tentar com minhas forças
Um dia irei ela derrotar.

Então eu finalmente desvendarei
O homem de olhar tão calmo e sério
Segredos são pra serem revelados
Não há porque guardar tanto mistério.

Odisseu Castro.

Inseguro sim, só não vamos exagerar

Será?
Há coisas acontecem nessa vida que somente rindo para não lamentar.
Sabemos que a criminalidade está por aí e tudo mais, mas também se for desconfiar de todo mundo que está ao nosso redor como um criminoso em potencial, melhor nem sair de casa, ou do quarto.

Estando eu em minha labuta diária, estava todo lindo fazendo umas pesquisas na internet (para não dizer que estava no Facebook e atualizando o Ítaca) entre um cliente e outro que atendia na loja.
Após o último, que me fez abrir uma caixa de papel A4 para levar somente uma resma, já tendo um monte de resmas fora da caixa e guardada no balcão (FAIL!), resolvi pegar essa mesma caixa mexida e preencher o balcão. Assim que esvaziei a caixa, coloquei a mesma para fora da loja, para a coleta seletiva (humrum...) de lixo da cidade.
Do lado de fora da loja estava uma senhora, de uns quarenta anos mais ou menos, escorada no poste de luz, olhando fixa para o fim da rua. Ela me olha de volta ao perceber que olhei rápido para ela, mas eu simplesmente nem dei bola, deixei a caixa do lado de fora e voltei para o interior da loja para continuar meu acesso enquanto a internet ainda me ajudava.
Assim que começo a me distrair, a mulher entra na loja, olha para mim e fala:
- Olha, eu não vim aqui pra assaltar ou qualquer coisa do tipo, tá? Eu estou aqui parada esperando o meu marido que ainda não apareceu.
Nessa hora eu realmente não sabia o que dizer, pois foi uma coisa tão sem noção (e assustadora também) que a minha única reação foi a mesma de um animal adestrado, só concordar.
Eu não sei o que levou a mulher a pensar que uma simples olhada minha de menos de um segundo seria capaz de desconfiar que ela pudesse ser uma assaltante ou algo pior, enquanto tem gente que exala bandidagem pelos poros e não se toca disso. Sou alguém inseguro sim, mas assim já é demais até pra mim.

Ok, pelo menos ela me deu a segurança de que não era uma terrorista, só não precisava exagerar, bastava comprar uma caneta BIC que ficava tudo bem e ela ainda levariaa um sorriso e um calendário de 2012 de mim.

Rodrigo Ferreira.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Musas Olímpicas



Ó filhas desse Crônida divino
Ó musas que, ao todo, são só nove
Ajudem essa mente que se move
A ver mais belos versos do que imagino.

Vocês que auxiliam no ensino
Das mais diversas artes que a poucos chove
Façam com que essa mente se inove
E não fique a vagar qual paladino.

Despertem em minha alma a criação
As rimas, melodias, da canção
Eu quero a todo ser emocionar.

Garotas do Olimpo moradoras
Estejam ao meu lado nessas horas
Bem quando estarei prestes a criar.

Odisseu Castro.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ainda somos todos bebês

 É engraçado como o tempo passa, idade avança, ficamos velhos, criamos rugas, vemos tudo isso acontecer, nos desesperamos, mas as mães não percebem o mesmo que nós. Para elas sempre temos o mesmo jeito de criança, as mesmas manias, devemos ser protegidos e ainda levamos um puxão de orelha se fizermos algo errado, mesmo já tendo barba na cara ou um grande par de seios, pois ainda somos todos bebês para elas.
Um dia desses minha mãe viu uma oportunidade de passeio pela orla da cidade junto de amigos (ok, nada muito do tipo "nossa, que viajem inesquecível!", mas dava pra se distrair um pouco). Como era algo pago e o dinheiro tinha um objetivo (fundos carnavalescos, ao que me parece), ela resolveu estender o convite aos outros moradores de casa, eu e meus irmãos.
Nesse momento eu estava dentro do nosso carro, esperando alguém me levar para a minha labuta diária, quando aparece a minha mãe, junto de uma outra senhora (a que vendia as passagens), abriu a porta do carro e perguntou se eu queria participar do passeio de barco.
A mulher, ao ver que a minha mãe conversava comigo, falou assim mesmo:
- Ah, quando você falou que ia perguntar se o seu filho queria ir com você, achei que estava falando do seu bebê.
O "bebê", no qual essa moça se referia, era o meu irmão caçula (provavelmente), dez anos mais novo do que eu.
Ao dizer essas palavras simples, a mamãe olha para ela, depois olha pra mim, sorri, e fala em seu tom calmo de mãe coruja e acolhedora:
- Mas ele também é o meu bebê!

Eu tenho 23 anos nas costas, problemas na cabeça e uma paciência ínfima, mas ao ouvir aquelas palavras de minha mãe, percebi que pouco importa a minha idade, as marcas do tempo no meu rosto e corpo e o meu amadurecimento como ser humano. Para essa mulher eu sempre serei aquele bebê que ela tem que cuidar sempre e se preocupar a todo momento. Para ela sempre terei o mesmo rosto infantil e a mesma idade de colo. E quer saber de uma coisa? Não há elogio no mundo melhor do que esse.

Rodrigo Ferreira.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Asas


Eu sei que algum motivo deve haver
Pro homem asa alguma apresentar
E quando esse motivo encontrar
Talvez eu possa mais compreender

Qual a real razão do meu sofrer
Por saudades, que só faz machucar?
Se asas eu pudesse projetar
Distância alguma iria me deter

Porém que caos seria com esse dom
Se não o possuído por homem bom
À desgraça estaríamos fadados

Mas a Saudade dói tanto em meu peito
Queria que, pra esse dom, tivesse um jeito:
Só fosse destinado a apaixonados.


Odisseu Castro.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sou seu amigo

Amigo, meu amigo, quão tristonho
É ver que a alegria de viver
Largou-o de um modo tão medonho
Deixando pensamentos de sofrer.

Estar só nesse mundo é enfadonho
Eu sei, é duro ter que se perder
Porém a vida não é sempre um sonho
Assim como faz sol tem que chover.

Não penses estar só nessa jornada
Serei aquele amigo a te ajudar
Durante essa tão dura caminhada.

E caso, em pedra, venhas tropeçar
Eu o levantarei da dura estrada.
Prometo: Não o irei abandonar.



Odisseu Castro.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Volte ou eu vou

O sino bate
O tempo passa
A dor lateja
Saudade assa

Olho pro céu
Você não vem
Me sinto só
Não estou bem

Amor não vá,
Não se afaste
Fique comigo
Em toda parte.

A dor no peito
Não mais suporto
Fique comigo
Senão eu corto

Essa distância
Tua de mim.
Eu rodo o mundo,
Busca sem fim.

E quando, então,
Te encontrar
Só preso a ti
Irei ficar.

Odisseu Castro.

SOPA? Só de letrinhas. PIPA? A do vovô não sobe mais


 Não que eu seja a favor da pirataria (Imagina. Conseguir uma superprodução do cinema que acabou de sair nas telonas e de graça? Valha-me GOD!), mas eu fico me perguntando se as leis SOPA e PIPA realmente valem à pena e impedirão que a pirataria deixe de existir na internet?
Minha resposta: Já não existem leis antipirataria? Elas funcionam? Os hackers já deixaram de existir por causa delas? Então é NÃO! Sempre haverá um meio de burlar a lei (sempre inventam um meio, na verdade).
Estamos tão interligados ultimamente por esse meio informacional que baixar esses conteúdos virou brincadeira de criança, onde até o meu irmão de doze anos consegue baixar qualquer coisa de graça e em qualquer lugar (só eu que não consigo, pois minha conexão me odeia e eu não tenho paciência esperar nada. #FATO!).
Agora fazer esse bloqueio, prender o povo todo e bloquear (ou diminuir a qualidade de busca) os maiores sites de pesquisa do mundo é algo que eu realmente discordo.
SOPA? Só da Galinha Azul.
Wikipédia, Desciclopédia, Google e vários outros locais (incluindo as redes sociais que tanto nos vicia amamos) serão prejudicados por essa lei que mais beneficia os grandes em detrimento dos pequenos (ou o contrário?), nada mais do que um puxa-saquismo do governo com essas empresas, a meu ver.
Eu imagino o quão chato deve ser criar algo bom para o cinema (tipo um pornô), ou em um estúdio e gravar um single ou lançar um programa de computador para melhorar a vida de todo mundo e ficar rico lucrar um pouco com isso no final, mas ver tudo sendo exposto de graça na internet, jogando seu esforço na vala. Eu sei que desse ser horrível.
Porém, será que o povo ainda não aprendeu que é assim que a sociedade virtual está organizada hoje? Deveriam criar as coisas sabendo como tudo funciona, ou será que ainda não aprenderam?
Esse é o “preço” que se paga pelo mundo que vivemos, pelo “monstro” que o próprio homem criou e não fez nada no começo para evitar. Viu crescer e que agora quer matar da forma mais bizarra do mundo, criando leis para sufocar, impedir de continuar a viver.
A internet é um meio de veiculação livre (ou deveria, ou não é?). Começar a negar a liberdade dela de ir e vir é querer comprar briga, não com uma empresa de download X, mas com todas as pessoas do mundo (pelo menos as conectadas à “Matrix” da internet, à realidade alternativa da atualidade).
Radicalismo em pleno século XXI, via internet ainda, é o cúmulo. E ainda vai dar o que falar (prevejo a 3ª Guerra Mundial, agora Online - #NostradamusModeOn).
PIPA? O vovô sabe dessa história...
O mais engraçado são as pessoas famosas que fazem da pirataria o meio de divulgação do seu trabalho e apoiam a causa dos sites piratas, não vendo problema nenhum em baixar suas músicas e vídeos por aí. Nem por isso são pessoas frustradas, pobres, muito pelo contrário, são pessoas de renome e que ganham milhões. O segredo? Essas pessoas são empreendedoras, inteligentes, sabem como tirar proveito das situações mais inusitadas, fazem do inimigo um aliado. E são pessoas jovens.
Será que não está na hora dessas empresas multimilionárias (e centenárias) olharem um pouco para o público jovem empreendedor, puxar uma cadeira, sentar um pouquinho na frente deles e aprender um pouco? Pelo que eu saiba, nunca é tarde para aprender.
Que mais tarde, quando essa ideia não passar de uma tentativa frustrada de barrar algo tão velho na internet quanto à prostituição nas ruas, que SOPA volte a lembrar, para mim, aquele caldo que vinha com formato de letrinhas da “Galinha Azul” e PIPA só me lembre àquela música, eternizada por Silvio Santos, “A pipa do vovô não sobe mais”.

Rodrigo Ferreira ® (com marca registrada, só por precaução).

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A vida sem você

A vida sem você? Amargurada.
É essa a maneira que eu a vejo
Pra mim ela não vale quase nada
Ou vale já bem menos do que prevejo.

Em ti que eu encontro minha morada

Só basta que me faças um gracejo
Um beijo que me erga na estrada
Um toque que aumente o meu desejo.

Que nosso amor seja puro e eterno

Que sobrevive ao frio do duro inverno
Amor, só ao seu lado estou feliz.

Comigo esteja sempre, a todo instante

Sou tanto seu amigo quanto amante
Ninguém que ouve isso contradiz.

Odisseu Castro.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ajudem-me Nereidas

Ó filhas do pacífico Nereu
Nereidas, belas ninfas desse mar
Eu preciso um poema bem criar
Pois quero retratar o amor meu.

Ajudem na tecitura Odisseu

(Que foi, tão puramente, se apaixonar)
As mais belas palavras encontrar
Ó ninfas do extenso Mar Egeu.

Que as filhas desse pai tão compassivo

Ajudem o poeta que tanto clama
A ter o seu desejo positivo.

Por fim avivem em mim toda essa chama

Que faz com que eu me sinto bem mais vivo
Pois esse é o destino de quem ama.

Odisseu Castro.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Filme "Imortais"

"Imortais"? Só no nome mesmo.
Com cenas de lutas de tirar o fôlego (ok, nem tanto!) e muito sangue jorrando no cenário (isso sim!), Imortais tinha tudo para atender as expectativas das pessoas fissuradas por mitologia no cinema, mas como eu disse TINHA.
Do mesmo criador de 300, podemos observar que esse cara realmente gosta da cultura grega, mas ainda não aprendeu a valorizar a real história desses mitos e sua grande importância.
Se eu não conhecesse o mito de Teseu (que é o protagonista do filme Imortais), sua luta contra o Minotauro, a astúcia para sair do Labirinto de Creta, a relação de amor e abandono com Ariadne e sua morte trágica, eu poderia muito bem aplaudir esse filme, que nenhum link criou com a história original, mas como conhecedor do mito e comprador do ingresso, tenho de criticar.
Deuses morrendo (oi?), Zeus matando seus próprios filhos (como se desse para matar os deuses), um governante louco com nome de um Titã que quer dominar o mundo (e quase consegue), um "Minotauro" sem sua metade touro, uma sacerdotisa que prefere perder os poderes a manter sua castidade (danadinha), umas criaturas bizarras que tentaram me enganar dizendo que eram os deuses Titãs e um Tesão Teseu que jogou na lama os feitos do mitológico, formou uma gangue, roubou um arco sabe-se lá de quem e morreu durante um combate. Esse filme acabou sendo uma destruição da milenar história conhecida e propagada.
O deus (FATO) Poseidon. Ponto pro filme.
Eu fico perplexo com isso, pois o mito de Teseu é maravilhoso, cheio de drama e luta, mistério e amor, o que realmente daria um bom filme. Se os produtores têm dinheiro e tempo para fazer uma produção com tantos efeitos (em 3D até), poderiam muito bem utilizar a história original e não inventar uma, pois Teseu nunca foi tão flor que se cheirasse como foi retratado no filme, ele não se guiou por rastros de sangue que estavam no chão para sair do "Labirinto" (aspas, até a minha casa é mais complexa do que aquela coisa que tentaram me fazer acreditar que era um labirinto), nunca desvirginou uma sacerdotisa e teve um filho profeta com ela (não que eu saiba), nunca formou uma gangue com escravos e, principalmente, OS DEUSES NÃO MORREM (se nem o Titãs foram mortos na Titanomaquia quando lutaram contra os Olimpianos, como eles retratam a morte de vários deles em um único momento?).
Repito, se eu não conhecesse o mito de Teseu, curtiria muito mais o filme, mas já ir para o cinema com uma expectativa em mente e chegar lá para se deparar com uma que em nada corresponde com o original é frustrante. Adoro mitologia (principalmente a grega, meu pseudo não mente), então por isso reclamo bastante dessas "adaptações" que fazem dos mitos para o cinema. 300, Tróia, Fúria de Titãs, tudo farinha do mesmo saco, uma desconstrução de mitos e quebra de nexo.
Imagine esse filme com a tecnologia de hoje.
Os pontos fortes do filme, sem dúvida, foram as cenas de ação, de sangue jorrando, principalmente com a participação dos deuses olímpicos, o cenário e a utilização do 3D que deu um up no filme.
Mas algo que não posso deixar de falar, e que ficou claro pela segunda vez, é o gosto do diretor em mostrar corpos de homens sarados, suados e sujos no filme (assim como aparece - e muito- no filme 300), isso deve ser respeitado. Não é em todo filme que podemos ver o futuro Superman, Henry Cavill, sem camisa, do lado de um monte de deuses (literalmente falando) descamisados. As mulheres não são lá essas Coca-Cola, aparecendo com mais roupas do que uma árabe tradicionalista, mas pelo menos são bonitas também, com destaque para a Atena, que quase é "bulinada" por Zeus (ou só a minha mente impura viu a preocupação que ele tinha com a deusa casta em depreciação com os outros?).
Conselho para os autores: Quando forem criar outra "adaptação" de mitos gregos, tentem fazer com a máximo semelhança possível, não tentem "fazer" uma história já feita. O mito já está criado, tentem adaptar somente. Claro que seguir a risca talvez seja difícil para a mente criacionista de vocês, mas tentem maneirar para não sair uma coisa nada haver, quem conhece os mitos saem tristes da sala do cinema.
Sigam o exemplo dos produtores de A Odisséia (de 1997), do diretor Andrei Konchalovsky, pois esse filme retrata o mito de Odisseu (eu?) em seu retorno para casa com brilhantismo e louvor que nenhuma adaptação para o cinema da mitologia grega conseguiu até hoje (puxei muito o saco? mas é a verdade, oras, o filme é muito bom para a tecnologia da época).
No final, Imortais está somente no nome do filme, pois além dos deuses (que deveriam ser imortais) morrerem, até o protagonista, Teseu, morre.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Ceifador da Inocência


Eu sou um anjo a te observar
E, quando é preciso, te proteger
Eu tenho tanto o que te ensinar
Queria que pudesses me perceber.

Porém evitas seu aproximar
E foges antes de me conhecer
Pois achas que não vim pra te cuidar
Mas, sim, pra sua mente corromper.

Me chamas "Ceifador da tua Inocência"
Que só te ensinarei incoerência
Sempre que me aproximo gritas: Sai!

Então que seja feita a tua vontade
Verás o que é corromper de verdade
Pois todo o ser divino um dia cai.


Odisseu Castro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

De volta a Ítaca




De volta estou a Ítaca querida
Que tanto observei só na saudade
Terra onde iniciou a minha vida
E onde fiquei até a mocidade.

Difícil foi a hora da partida
Nenhum lugar me dá mais liberdade
Pessoas que entendem de acolhida
Aqui eu posso ser eu de verdade.

É bom reencontrar velhos amigos
Os meus familiares mais antigos
O amor da minha vida. É bom demais.

Oh, que saudade estava dessa terra
Que tive de deixar por uma guerra.
Daqui não vou sair é nunca mais.

Odisseu Castro.