sábado, 16 de novembro de 2013

Doação



Eu tenho um coração para doar.
Todo entregue ele está ao sofrimento.
Quem que pode lhe afastar pesado ar?
Quem pode lhe tirar de seu lamento?

Ele bate muito descompassado.
Não tem forças para viver sozinho.
Não quer estar vendido ou alugado.
Aceita trocas: de amor por carinho.

O dono antigo jaz por algum canto.
Não soube que dedicar o seu tanto
É dar amor, e não ter compaixão.

Eu hoje vago ao léu pela cidade
Buscando quem me faça a caridade
Quem que pode aceitar meu coração?

Odisseu Castro

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tudo é saudade



A dor maltrata
O peito meu
Porque eu estou
Longe de ti

Só sobram versos
A dedicar
Para quem amo
Pois eu parti

Versos chorosos
Inconsoláveis
Versos com lágrimas
No peito frio

Porém são belos
Os mais divinos
Que tais iguais
Nunca se viu

Mas eles doem
Quando me saem
Lembrando o fado
Da iniquidade

Estás distante
Deste que te ama
Minha poesia
Tudo é saudade.

Odisseu Castro