domingo, 14 de junho de 2015

Presente embrulhado e esquecido


Seu presente ainda está guardado
Embrulhado no papel pardo
Com sua fita vermelha favorita
Você nunca virá buscar
A felicidade está ali
Contida
Presa por um laço
Que eu não tenho coragem
De desmanchar
A fina textura do papel
Lembra a tua pele 
No último dia em que eu a toquei
E as lágrimas que derramo sobre
Nosso suor se misturando
Tantas lembranças que me traz
O pequeno embrulho esquecido
Bastante mal embalado
Mas, com amor, todo feito
Para você e apenas para você
Que nunca o virá buscar.



Odisseu Castro

Carta do Mês de Junho para o dono do blog - Kali


Não posso negar que o mês de junho está sendo de muitas notícias, boas e ruins: mensagens, pessoas novas, prováveis viagens e mudanças de lugares. Então eu leio a carta que rege esse mês e tudo parece fazer sentido, seguir uma lógica no Cosmos, para me beneficiar ou me deixar mais encucado sobre o que fazer daqui em diante.
E vamos seguindo por mais um mês, mais uma carta. Junho está sendo regido por Kali, que simboliza o Medo.

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Mitologia

Kali, deusa tríplice hindu da criação, da preservação e da destruição, é a força animadora de Shiva, o destruidor (Senhor da Dança). Ela é a fome insaciável do tempo que da à luz e depois devora. Crânios, cemitérios e sangue estão todos associados a seu culto. A energia de Kali é incontrolável. Depois de matar dois demônios, ela se embebedou com o sangue deles e começou a dançar sobre seus corpos mortos. Kali dançou até entrar num frenesi e compreender que quase levou Shiva à morte dançando.

Significado da carta

Kali começou a dançar na sua vida para lhe dizer que é hora de enfrentar os seus medos. Tudo que está ameaçadoramente à espreita, quer esteja profundamente enterrado na sua escuridão interior ou bem perto, precisa ser encarado e trazido à luz da consciência. Seus medos estão a seu serviço, avisando-a sobre lugares, coisas ou pessoas perigosas? Ou a impeçam de dançar a sua dança, viver a sua vida, criar com a criação? Kali veio para dizer que a sua dança é necessária como parte da totalidade da dança da criação. A totalidade é cultivada quando você resgata os aspectos de si mesma de que abriu mão por medo. A maioria dos medos não tem forma. A totalidade é criada quando você aprende a reconhecer seus medos e começa a superá-los.

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E a minha vida segue, tendo sempre em mente que o medo também faz parte de mim, o que devo perceber agora é de que modos vou usá-lo em minha vida, como um trampolim para me impulsionar ou como uma barreira para me esconder e, assim, me proteger de tudo.

Rodrigo Ferreira.