quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Lista de livros lidos em 2015


Como todo ano costumo fazer, segue abaixo a minha lista de livros lidos no ano.
Que decepção com esse lista, hein?
Mas não significa que não li muito esse ano, é porque acabei pegando paixão por outro tipo de literatura: quadrinhos.
Esse ano posso não ter lido muitos livros, mas quadrinhos eu me superei e estou amando. Espero que no próximo ano eu possa ler mais e de tudo um pouco.
Feliz Ano Novo e boas leituras em 2016!

* Anjo da escuridão - Sidney Sheldon
* Dom Casmurro e os discos voadores - Lúcio Manfredi
* Filhos do Éden: Anjos da Morte - Eduardo Spohr
* A vida, o universo e tudo mais - Douglas Adams
* Até mais e obrigado pelos peixes - Douglas Adams
* Praticamente inofensiva - Douglas Adams
* É cada coisa que escrevo para dizer que te amo - Lucão
* Guerra Civil - Stuart Moore
* O menino de vestido - David Walliams
* A outra face - Sidney Sheldon
* O conto da ilha desconhecida - José Saramago
* Medeia - Eurípedes
* Salomé - Oscar Wilde
* Feita de fumaça e osso - Laini Taylor
* O pequeno príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

Só 15 livros... que vergonha! ¬¬'

Rodrigo Ferreira

Eu que pensava já haver superado


Eu que pensava já haver superado
Encontro-me solitário no meu quarto
Foi você que eu vi naquela rua
E fingi que não te conhecia
Como se jamais tivesse sido feliz
Como se o teu toque
Como se os teus lábios
Como se a tua alma
Não houvesse me engrandecido
Afastado o frio
Aquecido com o mais brilhante sol:
O teu sorriso

Palavras vieram
Pensamentos vieram
Apenas para mim

Eu que pensava já haver superado
Sinto as lágrimas escorrerem pelo rosto
Por quê?
Não era para ser nada desde o começo
Mas foi
E tudo havia sido perfeito
E a nossa música não parava de tocar
Eu posso sentir
Teu cheiro me inundando as narinas
Teu beijo me afogando em saudades
Tua pele arrepiando a minha
Tua mão dizendo um adeus eterno
Você sentiu o mesmo naquele instante?

Palavras vieram
Pensamentos vieram
Apenas para mim

Eu que pensava já haver superado
Vejo que sou o mais perfeito dos otários
Não era para ser assim
Mas foi
A dor é muito maior do que eu deduziria
As lembranças vieram em enxurradas
Correr para teus braços era uma opção
Mas não
Eu havia prometido que não
Não era para ser nada desde o começo
Suas escolhas decidiram nossos rumos
Espero que você esteja bem
Com alguém
Sem ninguém
Sem mim

De todas as minhas lembranças
Você foi a inesquecível
Que eu pensava já haver superado
E mais um poema-filho nosso nasceu
Órfão de pai


Odisseu Castro

Carta do mês de dezembro para o dono do blog: Deméter

Mais um ano findando e eu, pela última vez desse ano, postando minha carta de dezembro. Esse ano tive muitas coisas acontecendo, boas e más: acabou um relacionamento de quase cinco anos, saí de férias pela primeira vez depois de entrar no corpo de bombeiros, revi entes queridos depois de anos afastado, conheci novos lugares e pessoas, sofri decepções amorosas (uma que jamais esquecerei)... enfim, o mundo parece um grande mistério do cosmo, indescritível, mas, em algumas situações, parece totalmente previsível, como foram os casos das cartas que tirei no início do ano, que foram, como eu havia dito desde comecei a postá-las aqui, coincidentemente parecidas com o que aconteceram no meu ano: EM TUDO!
Deixei essa última carta para postar no penúltimo dia do ano pois queria sentir se ela agiria por todo o mês. E não é que ela agiu mesmo?
Com vocês, a carta de dezembro: Deméter.


Mitologia

Deméter, cujo nome significa "porta de entrada para o feminino misterioso", foi adorada como a Grande Deusa muito tempo antes de os gregos patriarcais conquistarem os povos que adoravam a Deusa que agora é Grécia e impusessem seu panteão olímpico dominado por Deuses masculinos. Como grande Deusa, Deméter é conhecida por criar a agricultura, por instituir a ordem social e por seus ritos de mistério em Elêusis. Num belo dia de primavera, a filha de Deméter, Perséfone, foi capturada por Hades, Deus do Inferno. Em meio a dor e ao trauma emocional, Deméter retirou sua energia vital da Terra e veio o inverno. Zeus persuadiu Hades a devolver Perséfone a Deméter. Para induzir Perséfone a ficar, pois ninguém pode voltar do inferno depois de comer o alimento dos mortos, Hades deu a ela uma romã, e ela comeu seis sementes. Assim, foi-lhe permitido voltar para Deméter durante seis meses do ano. Os outros ela passava com Hades no inferno.

Significado da carta

Deméter veio para iluminar seu caminho pelas trevas e pelo desafiador labirinto dos sentimentos e das emoções. Está na hora de alimentar a totalidade aceitando, reconhecendo e expressando os seus sentimentos. Sentimentos são o que você sente. Emoções são as suas reações aos sentimentos. Sentimentos não-expressados crescem e podem provocar doença, pois ocupam espaço interior e bloqueiam o fluxo de energia sã. Talvez seus sentimentos (e você) não tenham sido ouvidos quando você era criança, por isso você precisou dar mais energia a eles para receber qualquer tipo de resposta Talvez seu medo das emoções ou dos sentimentos a tenha deixado muito vulnerável; talvez a tenha soterrado ou levado a lugares de onde você não é capaz de voltar. Deméter diz que, quanto mais você aprender a aceitar e a reconhecer seus sentimentos, menos tempo você gastará em redemoinhos emocionais e mais energia terá para viver a vida. Quanto mais você aprender a aceitar e respeitar os seus sentimentos, mais seguro se tornará expressá-los.

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Será que é essa a carta que me diz que está na hora de recomeçar?
O meu ano foi marcado por Ártemis, a deusa celibatária da caça, que significou o individualismo no meu ano inteiro, um ano sem a intervenção amorosa, mesmo que ela aparecesse por parte dos outros. Não tive do que reclamar, foi um ano bom, apesar dos apesares, mas senti que faltava algo. Não sei ainda, demonstrar os sentimentos parece algo bem difícil pra mim, ainda mais agora, ainda mais depois de tudo... O ano acabou, essa carta passou. Não demonstrei os sentimentos para quem devia, talvez isso realmente tenha significado o individualismo no ano inteiro. E foi.

Que esse novo ano traga bons ventos. Amor? Talvez. Mas vamos que vamos. Deixar rolar aí. :)
Feliz Ano Novo para todos.

Rodrigo Ferreira