domingo, 11 de novembro de 2012

Mito poema - Dor de Anfitrião

Jesus? Faz tempo que não posto por aqui. Desculpem pelo afastamento (se bem que eu nem sei se vocês sentiram saudades, mas ok, vou fingir que sentiram e torciam para o meu retorno, preciso estar com o ego inflado esses tempo)!

Para pagar pela minha falta, vou postar um mito poema que desde o Mito de Íxion nunca mais postei.
E o mito da qual falarei será sobre Anfitrião, o corno manso mitológico. Eta beleza!

O mito de Anfitrião

Rei de Tebas, Anfitrião era casado com Alcmena, uma teteia de mulher que ninguém tirava o olho, nem mesmo as divindades olímpicas. O mais pop foi Zeus, que se apaixonou perdidamente por ela (parece que a Grécia era um berço de mulheres bonitas, hoje nem tanto).
Querendo aquela mulher de alguma forma, e sabendo que não seria fácil pegá-la, esperou uma guerra e a ausência do rei por um bom tempo para ter uma chance com a ninfeta. O que aconteceu com a Guerra de Tebas, onde o rei teve de estar presente.
Assim que ele partiu, Zeus e Hermes adentraram no castelo de Anfitrião. Zeus se disfarçou do rei e Hermes de Sósia, um dos servos de Anfitrião, o qual também tinha partido com ele para a guerra.
Entrando no quarto de Alcmena, Zeus fez o que tinha de fazer (ou que adorava fazer, sei lá), partindo de lá logo após a indecência. Hermes, disfarçado de Sósia, estava de vigia na porta e também voltou ao Olimpo quando tudo acabou. Alcmena, tonta (ou muito esperta), não desconfiou de nada.
Obviamente que nove meses depois nasceu o rebento da rainha com Zeus e Anfitrião se sentiu o pior dos cornos, pois sabia que aquele pirralho não era dele, já que as datas batiam com a estadia dele na guerra, ficando muito #chatiadu com Alcmena.
Zeus, compadecido, explicou tudo para Anfitrião, na maior cara de madeira:
- Peguei tua mulher, cara. Desculpa aí!
Anfitrião, ao invés de profanar os templos a Zeus, xingá-lo no Twitter ou mesmo mandá-lo tomar onde o sol não bate, sabe o que fez? Ficou feliz!
SIM, ELE FICOU FELIZ!
Pois achou muito digno de ser o corno marido de uma mulher escolhida pelos deuses. Pode uma coisa dessas? Por isso que ninguém respeita corno.
O rebento que nasceu da sacanagem de Zeus e Alcmena é o famoso Héracles (ou Hércules, para os que só entendem latim).
Depois disso, Anfitrião tornou-se sinônimo de corno manso aquele que recebe em casa e Sósia sinônimo de cópia humana.

O que podemos aprender com o mito de hoje? Anfitrião não é um adjetivo bom. Então, se alguém disser que você é um bom anfitrião, expulse-o de casa na mesma hora. Vê se pode uma coisa dessa! u.u

Rodrigo Ferreira.

Anfitrião procurando a esposa (kkkkkkkk...)
Dor de Anfitrião

Deixei você entrar em meus domínios
Só a você ousei baixar a guarda
Abri o peito meu para um amigo
Sem esperar de ti uma punhalada.
Ousado, revelei cada segredo
Cativante, mostrou-se confiável
Amigo, verdadeiro e companheiro
Até conhecer alguém mais louvável.
Por meu amor ficou apaixonado
Tentou, de todas formas, conquistá-la
Na minha ausência fez seus galanteios
E obteve o corpo de minha amada.
Mas que pesar foi quando descobri
Que compartilho a dor de Anfitrião
Abrindo a porta toda para aquele
Que ousará destruir meu coração.
Desculpe, mas não posso perdoar
Quem vê na amizade uma brincadeira
Você não é um deus e nem se deus fosse
Aceitaria de alguma maneira.
De Anfitrião posso ter o destino
Mas não carrego tal mentalidade
Suma da minha frente, falso amigo
Que sofra por toda sua eternidade.

Odisseu Castro.

Um comentário: