quinta-feira, 20 de março de 2014

Atlas


Eu sinto o peso todo sobre os ombros
Do peito que me tem dentro guardado
Mas que eu não posso amar

Dor cruel, dilacerante, essas lágrimas
Desaguam rios desses teus belos olhos
Não os posso enxugar

Teu lábios, para mim, estão voltados
Teu corpo quer que eu seja todo teu
Quando é que isso será?

O Tempo, meu amado, decidiu:
Eu e você, juntos, eternamente
Nunca acontecerá

Sinto a dor do teu amar sobre os meus ombros
Tal como o Titã que carrega um mundo
Que jamais perecerá.

Odisseu Castro

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