Eu não conheço o credo de todos vocês, leitores, e, obviamente, não é algo com a qual eu me importe em conhecer. Cada um tem a sua escolha religiosa, até mesmo a escolha de não ter nenhuma. Eu, por exemplo, por mais doutrinado que tenha sido para o Catolicismo, encontro-me hoje num estado de incredulidade em muitas coisas, mesmo assim, algumas ainda conseguem me surpreender e questionar a minha própria (in)significância.
A ideia dessa postagem é justamente tratar sobre uma dessas situações que me deixaram pesaroso com relação à religiosidade: se não há, realmente, algo lá em cima que nos olha de longe e guia nossa vida, se o nosso destino já não tem um caminho traçado. Será que a força do pensamento é tão forte a ponto da vidência conseguir acertar coisas tão precisas na vida de alguém? E na vida de alguém que estava começando a descrer em tudo?
No início desse ano eu fui em uma roda pagã, realizada por alguns conhecidos. Como era início de Ano Novo, foram feitas leituras de tarô para os convidados, leituras de como seria o nosso novo ano. Eu já joguei tarô algumas vezes, não que eu acreditasse, mas era curioso. Com a mesma curiosidade eu pedi para que as cartas fossem jogadas para mim. E jogaram.
Os resultados não foram dos melhores, confesso.
Eu jamais havia contado para ninguém dos mesmos, mas é incrível como tudo o que está acontecendo já havia sido premeditado pelas mesmas. E quando eu digo tudo é tudo mesmo.
O meu mês de março está sendo regido pela mulher do milho, simbolizando o alimento. Fevereiro foi regido por Coatlicue, que simbolizava a dor. Janeiro era de Cerridwen, que trazia morte e renascimento.
Para vocês, leitores (que talvez não acreditem, não saibam do que eu falo, nunca jogaram tarô ou não conheçam essas cartas e seus significados com a minha vida), pode ser besteira o que eu estou escrevendo, mas essas três cartas, até agora, fazem todo o sentido no meu estado físico e emocional, principalmente a carta de fevereiro.
2015, está nas cartas, não será o melhor ano para mim.
Destino...
Não sei se gosto de pensar na vida já decidida pelos astros. Eu gostaria de poder traçar o meu próprio destino. Mas é interessante. Será que eu mesmo estou buscando que as cartas acertem ou elas estão certas e, por isso, está tudo acontecendo como "planejado"?
Sei lá, são tantos questionamentos e, cada vez que tento achar respostas, mais dúvidas encontro.
Deixemos que tudo haja da forma que tenha que acontecer. Destino ou não, eu apenas devo estar preparado para o que virá (se virá como o que me foi premeditado). Ainda estamos no terceiro mês, ainda há muitas águas para rolarem, e cartas para serem reveladas como certas. Ou não.
Rodrigo Ferreira.