terça-feira, 13 de março de 2012

Um novo modelo de família



            Desde a última vez que fui à igreja (sim, já faz um tempinho), ouvi o determinado sermão de um padre que me deixou PERPLEKSO. O tema da missa era sobre a família.
            Eu, esperando um sermão todo trabalhado no preconceito e estereotipado com ideé ideias balhado no preconceito e esteriotipado ias medievais, fiquei com a CARA NA POEIRA. O padre me surpreendeu.
            Claro que não vou poder colocar com toda fidelidade, palavra por palavra, do que ele disse, mas pelo menos a parte que realmente importa eu consegui gravar. Observem comigo e vejam porque, no final, eu fiquei passado com esse sermão:

“A família dificilmente deixará de ser o primeiro e mais importante alicerce edificador do homem. É nela que ele aprende sobre os primeiros conceitos de respeito e dignidade.
A família muda com o tempo e se adapta a modernidade, mas ela não deixa de realizar a sua principal função desde sua criação: cada membro incluso em uma família cuida um do outro.
No passado, o exemplo de família era pai, mãe e filhos, mas há muito tempo que esse exemplo caiu por terra, mais por uma necessidade do que por desobediência e rebeldia do homem moderno.
Hoje nós conhecemos famílias de mães solteiras, de pais solteiros. Famílias em que os pais vivem separados, divorciados. Temos famílias de netos que vivem com os avós, sobrinhos com tios ou somente de irmãos. Há também famílias em que o pai e a mãe não tem filhos legítimos, ou mesmo optaram por não terem filhos. Não podemos também esquecer de famílias em que seus membros não tem nenhum laço consanguíneo, moram juntos e se respeitam.
Com o tempo, também percebemos o novo modelo de família: as formadas por dois pais e duas mães, com ou sem filhos, as famílias de pais homossexuais.
Isso tudo é um absurdo? Eles não devem ser respeitados ou tratados como família?
Não! Eu pelo menos não reconheço nenhum como um não humano por algo que não tiveram direito de escolher ser, somente o são.
O ser humano é uma criatura tão perfeita justamente por ela não ser estática. Ela evolui, tanto que a até mesmo a sua base edificadora evoluiu com o tempo, assim como todas as coisas.
Independente da constituição da família ela deve sempre ser respeitada, valorizada e bem tratada, independente dos seus constituintes. Além do mais, cada um deve cuidar e valorizar a sua.
Quantos não conhecemos que adoram falar da família dos outros, mas sequer se incomodam com a sua ou mesmo respeitos os seus entes? Quantos casais heterossexuais abandonam crianças, enquanto casais homossexuais lutam para adotar um?
Se eles se unem com o intuito de constituir família, cuidar um do outro na base do respeito, do carinho e do amor, quem somos nós para julgar qualquer um? Não somos perfeitos.lia, cuidar um do outro na base do respeito, do carinho e do amor, quem somos nbservem isso.intes.
Inversão de conceitos? O fim do mundo? Não! Somente um grito de necessidade de mudança, mesmo que tardia, mesmo que somente agora observem isso.”

Estão chocados quanto eu?
É claro que qualquer igreja progressista, com representantes joviais, fala dessa forma, mas aí é que chego aos pontos que mais me chamaram atenção nesse sermão:
1° - A igreja que visitei é uma Católica Apostólica Romana.
2° - O pároco da igreja tem mais de cinquenta anos. Teoricamente, isso deveria torná-lo mais tradicionalista e inflexível.
3° - Ele somente uma gota no oceano, mas já é alguma coisa.

Aonde fica essa igreja? Digo o milagre mas jamais o nome do santo. Vai que a Santa Sé ta de olho em Ítaca. Não quero prejudicar ninguém com isso.

Eu achei o sermão super digno e phyno. Quem acha que esse padre merece uma salva de palmas vem comigo:

CLAP, CLAP, CLAP... \o/

Rodrigo Ferreira.

3 comentários:

  1. CLAP, CLAP, CLAP!
    Estou contigo parceiro e não abro.
    Felizmente, os padres evoluem (infelizmente, enquanto isto, os pastores só andam para trás em busca de dinheiro, não generalizando, mas temos R.R Soares e Silas Malafaia, exímios exemplos que não nos deixam mentir) e, mesmo não sendo religioso, admiro muitas coisas que leio sobre o Pe. Fábio de Melo (não sei se conhece, é um padre conhecido pela mídia depois do Marcelo) onde ele também defende a HUMANIDADE acima de tudo e que quem poderá julgar algo é Deus e não a Igreja, ou eles próprios, padres.
    Adorei o "sermão" deste padre aí, vem junto ao que eu penso também.

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  2. Achei sensacional esta postura do padre, e teria até vontade de assistir aos seus sermões com frequencia.

    O problema das religiões é que poucos dos seus representantes tem um discernimento tão evoluído quanto este padre, o que ocorre é o contrário, na qual seus representantes disseminam preconceitos e dogmas ultrapassados, muitas vezes de forma ultrajante, tendo a bíblia como pretexto na propagação de hipocrisia, contrariando o princípio fundamental pregado pelo seus maior representante (Cristo) com relação ao amor ao próximo.

    No nosso contexto democrático, as pessoas, principalmente os fundamentalistas religiosos confundem liberdade com libertinagem, e ao invés de apresentar suas crenças como instrumento de sabedoria, o fazem como justificativa da sua ignorância. Pena que poucos pensam como o padre, pois é uma lástima a bancada evangélica seja contra a adoção de crianças por gays, preferindo que esta passe a sua vida inteira em um orfanato ao invés de ter dois pais/mães, que impeçam estes de ter seus direitos de uma união civil, mesmo sendo cidadãos que pagam impostos e trabalham.

    Enfim, taí uma coisa que vale a pena ser lida a propagada, pena que nem todos acompanham o ritmo da evolução da humanidade...

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