segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Relação de livros lidos em 2013

O ano está acabando (finalmente!).

Do ponto de vista das minhas leituras programadas para esse ano, acredito que li mais do que eu esperava. Fui de livros de poemas até séries e isso enriqueceu-me bastante com conhecimento e criatividade.Visitei novos lugares, conheci pessoas novas, e tudo sem precisar sair de casa! Posso querer coisa melhor?
Espero que 2014 me dê mais oportunidades de apreciar a literatura, tanto mundial quanto nacional e local, algo que a Feira do Livro do Amapá desse ano me proporcionou. Vamos aos volumes lidos (e recomendados para apreciação e leitura de vocês)!

- Metamorfose - Ovídio
- Cartas a um jovem poeta - Rainer Maria Rilke
- Liberdade ainda que tardia - Álvaro Cardoso Gomes
- O homem duplicado - José Saramago
- O filho de Netuno - Rick Riordan
- Mitologia: Deuses, heróis, lendas - Maurício Horta, José Francisco Botelho e Salvador Nogueira
- As flores do mal - Charles Boudelaire
- Clube dos Imortais - Kizzy Ysatis
- O príncipe, o mocinho ou o herói podem ser gays - Roberto Muniz Dias
- Os livros e os dias: um ano de leituras prazerosas - Alberto Manguel
- Otelo - William Shakespeare
- Paraíso Perdido - John Milton
- As Aventuras do Caça-Feitiços - Livro I - O Aprendiz - Joseph Delaney
- As Aventuras do Caça-Feitiços - Livro II - A Maldição - Joseph Delaney
- As Aventuras do Caça-Feitiços - Livro III - O Segredo - Joseph Delaney
- A Marca de Atena - Rick Riordan
- Danna - Lízien Danielle
- Contos apimentados - Miriam de Sales Oliveira
- A Sombra da Serpente - Rick Riordan
- Abilash - Conto da Amazônia - Lulih Rojanski
- Asfalto - Sérgio Bernardo
- História de um sino - Paulo Tarso Barros
- O caso do cavalo Probo - Ovídio Poli Júnior
- O poeta e o pássaro - MK Santos
- Missão Poesia - Marvin Cross
- Enfim sós... eu e a crônica - Isvânia Marques
- Zangareio - Flávio de Araújo
- As aventuras do professor Pierre na Terra Tucuju - Maria Ester Pena Carvalho
- Lavra da Palavra - Inácio Sena
- Não precisa dizer eu também - Caco Ishak
- Uns contos por aí - Manoel do Vale
- Pedra Só - José Inácio Vieira de Melo
- Amor, meu grande amor - Sergio Salles
- Rua da padaria - Bruna Beber
- A Casa de Hades - Rick Riordan
- Vaganal - Marcos Bagno
- Farsa de Inês Pereira - Auto da Barca do Inferno - Auto da Alma - Pranto de Maria Parda - Gil Vicente
- 100 poemas 100 poetas - Abílio Pacheco
- Satíricon - Petrônio
- Arte poética - Aristóteles
- Sermão vermelho - José Maria Sousa Costa

Bom, foram 41 livros lidos esse ano!
Queria agradecer por algumas leituras que foram recomendadas e muito apreciadas. Também queria agradecer pelos volumes presenteados, emprestados, dados e trocados pelo meu livro "Foz Florescente" (#MerchanModeOn) e para todos os escritores de cada uma dessas maravilhosas obras que me acompanharam durante esse ano, principalmente àqueles que tive o enorme prazer (sim, prazer, pois conhecê-los foi além da simples satisfação) de ter ao meu lado. Recomendo cada um desses livros, principalmente os de literatura nacional e local.

Obrigado e que venha 2014 com suas maravilhosas obras!

Rodrigo Ferreira

(P.S. Gostei tanto dessa listinha que ano que vem farei uma com filmes também #PromessaDeAnoNovo)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Adormecendo


Adormecendo
no quarto frio,
lembrei momentos
ao lado teu,

do beijo doce,
toque macio,
no teu olhar
perdeu-se o meu.

A nossa história,
lá no passado,
é tão recente,
mas não normal,

pois a saudade
no esquerdo lado,
dói muito mais
que o natural.

Choro baixinho,
chamo o teu nome.
Clamor inútil
que não se ouviu.

Abro um bocejo,
teu rosto some.
Sobre os meus olhos
Sono caiu.

Odisseu Castro.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Odisseu recomenda: Sermão Vermelho

Essa postagem não foi patrocinada... e nem será.
Depois de voltar da minha merecida "viagem de formatura" (é, gente, sou formado agora) finalmente pude ler um dos poucos livros que adquiri em terras paulistas. O mais especial dessa obra foi o fato de eu tê-la ganho das mãos do próprio autor, com dedicatória e tudo.

E o livro que "Odisseu recomenda" hoje é: Sermão Vermelho, do escritor José Maria Sousa Costa (palmas!).

Escrito em forma de peça, a obra conta com apenas quatro personagens: Malandro Paulista, Malandro Carioca, Padre Olavo e Irmã Carolina, em uma história cheia de humor, sarcasmo e moralismo (falso e verdadeiro), tudo iniciado através do furto de quatro garrafões de vinho da sacristia da igreja de Padre Olavo, pelo Malandro Carioca.

Utilizando um vocabulário bem informal, com gírias típicas de cariocas e paulistanos, não tem como não se divertir e se emocionar com as personas desses quatro.

O mais interessante da obra de José Maria Sousa Costa é que, diferente do teatro moralizante de Gil Vicente que apresentava personagens com estereótipos sociais, esses quatro personagens de Sermão Vermelho não representam paulistas, cariocas, padres ou freiras, muito pelo contrário, eles representam todos os cidadãos que anseiam por justiça, liberdade e direitos iguais, ou seja, algo que vai muito além do que o próprio Gil Vicente intencionava. E consegue tocar o leitor e, sem dúvida, se dramatizado, o espectador.

É para rir e refletir essa obra, através das espertezas e peripécias desses "malandros" que conseguem ser mais sábios do que o letrado e santo padre em várias situações.

Particularmente não sou fã de livros em forma de peça, talvez porque seja traumatizado por ter sido "obrigado" a ler Shakespeare na faculdade ou decepcionado por nunca ter conseguido ler Ariano Suassuna e seu "O Auto da Compadecida". Mas amo Gil Vicente, já li várias de suas obras e se leio livros em forma de peça é por causa dele ainda, e saber que tem alguém tão próximo de mim e tão genial quanto ele é uma satisfação enorme. Queria eu poder escrever assim.

Odisseu recomenda Sermão Vermelho! Excelente livro para ler, rir, pensar, reler, rir mais, repensar e amar!

Rodrigo Ferreira.

sábado, 16 de novembro de 2013

Doação



Eu tenho um coração para doar.
Todo entregue ele está ao sofrimento.
Quem que pode lhe afastar pesado ar?
Quem pode lhe tirar de seu lamento?

Ele bate muito descompassado.
Não tem forças para viver sozinho.
Não quer estar vendido ou alugado.
Aceita trocas: de amor por carinho.

O dono antigo jaz por algum canto.
Não soube que dedicar o seu tanto
É dar amor, e não ter compaixão.

Eu hoje vago ao léu pela cidade
Buscando quem me faça a caridade
Quem que pode aceitar meu coração?

Odisseu Castro

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tudo é saudade



A dor maltrata
O peito meu
Porque eu estou
Longe de ti

Só sobram versos
A dedicar
Para quem amo
Pois eu parti

Versos chorosos
Inconsoláveis
Versos com lágrimas
No peito frio

Porém são belos
Os mais divinos
Que tais iguais
Nunca se viu

Mas eles doem
Quando me saem
Lembrando o fado
Da iniquidade

Estás distante
Deste que te ama
Minha poesia
Tudo é saudade.

Odisseu Castro

sábado, 26 de outubro de 2013

Foz Florescente - O lançamento

O livro. A obra. Um filho. Foz Florescente. 
Não sei quanto aos outros escritores, mas, ao meu ver, quando alguém produz uma arte, deseja-se vê-la sendo divulgada, comentada e, no caso de quem escreve, publicada.

O ano de 2013 trouxe muitas surpresas ao dono desse humilde blog. Escrevo desde os meus 16 anos e, hoje com 24, finalmente consegui publicar meu primeiro livro de poemas.

Isso mesmo, pessoal. Finalmente o Odisseu Castro sai da internet e vai para o impresso em seu livro FOZ FLORESCENTE, em parceria com o  poeta de vários pseudos Tiago Quingosta, dono do blog http://aguasdolethe.blogspot.com.

O livro está lindo, cheio de poesia e com a arte de capa da desenhista amapaense Carla Antunes, que já apareceu por aqui no lançamento do Fanzine "De volta a Ítaca". Espero que apreciem esse trabalho desses dois poeta tucujus e adquiram o livro que está GLÓRIA 3X GLÓRIA!

A NOITE DE AUTÓGRAFOS OCORRERÁ NO STAND DO SELO OFF FLIP, DURANTE A 2ª FEIRA DO LIVRO DO AMAPÁ - FLAP, NO DIA 27 DE OUTUBRO, ÀS 19H, NA CASA DO ARTESÃO, MACAPÁ - AMAPÁ!

Rodrigo Ferreira.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Avariado


Para onde foi o brilho de meus olhos?
Perdeu-se nas verdades duras ditas?
Para onde foi o meu meigo sorriso?
Sumiu-se no crescimento da vida?

Muitas situações ao meu caminho
Levaram-me toda essência feliz.
A minha excentricidade de outrora?
"Eu nunca a vi", assim alguém me diz.

Eu jamais tentei ser um ser perfeito,
Mas dói saber que mudei de tal jeito,
Talvez para algo além do normal.

O meu melhor ficou no meu passado.
Voltar no tempo não é uma opção.
Sou só mais um produto avariado.


Odisseu Castro.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Odisseu recomenda: Danna


Essa postagem não foi patrocinada... ainda.

Na primeira viagem que fiz para fora da minha região, visitei a Festa Literária de Marechal Deodoro (FLIMAR), em Alagoas. Além de desfrutar de um ambiente paradisíaco, de boas companhias e recitações poéticas, tive o prazer de conhecer alguns escritores, cujas obras adquiri em mãos e com uma linda dedicatória (claro!).
Entre os livros escolhidos “pela capa” (que pouco me engano quanto ao bom conteúdo de um livro com uma capa interessante), o primeiro que li foi Danna, da escritora Lízien Danielle, que conheci e amei tanto o livro quanto a pessoa que o escreveu.
Danna é uma pintora. Seu cotidiano é narrado por seu inseparável “anjo da guarda”, nada menos que o próprio Arcanjo Gabriel, obrigado a vigiá-la 24h por dia e proteger seu “segredo” das forças do mal e da própria milícia celeste, ambos ameaçados por esse dom oculto.
O romance fictício tem um quê de erotismo em suas páginas, narram as peripécias sexuais de Danna com alguns de seus casos mortais, como o (pasmem!) irmão de seu namorado, Alex. Porém, ao melhor estilo “sexy sem ser vulgar”, a escritora conseguiu deixar tais cenas muito poéticas e sensoriais, como se pudéssemos sentir os prazeres da protagonista em cada cena (ui!).
Sim, eu me excitei em algumas páginas!
Passado essa avalanche de sexualidade, temos os dramas, humanos e divinos, dessa obra: quando Gabriel descobre-se apaixonado por quem deveria apenas proteger, intervindo em sua vida humana, o que já gera um grande barraco no Céu e no Inferno. Pior pra Danna e seu anjo protetor, melhor para quem pode acompanhar esse desenrolar muito bem trabalhado.
Mais uma obra, escrito por uma brasileira, que consegue explorar essa “trialidade” Paraíso – Terra – Inferno de forma engenhosa e criativa. Sem dúvida é um livro para ler e reler sempre (não com a família, mas se bem que depende da família também).
Esperando ansioso pela continuação desse maravilhoso trabalho de Lízien Danielle.

Rodrigo Ferreira.

domingo, 6 de outubro de 2013

Versos que maltratam


Escrevo versos
Que me maltratam
Para tirá-los
Da minha mente

Versos pesados
Versos que matam
Lá no papel
Tão inocente

Mas não se prendem
Na folha branca
Na minha mente
Vão martelando

Tristeza em versos
Verdade franca
Vai na cabeça
Me torturando

Tudo apagar
Só com amor novo
Não sei se posso
Assim viver

Meus belos versos
Na dor escrevo
Num desamor
Resta morrer

Odisseu Castro.

domingo, 15 de setembro de 2013

Socorro!

Por favor,
Se você recebeu essa mensagem
Avise a todos que puder:
Estou isolado e sozinho
Em uma ilha deserta.
E não quero ser resgatado.
Só do que preciso
É que você se una a mim
Nesse largo espaço.
Aqui não me encontro preso
Posso ir te buscar a qualquer hora
E, aí sim, poderemos nos perder
Nos encontrar
Nunca voltar de nossos sonhos.
Só não demore demais.
O Amor é um veneno
E já bebi muito dele sozinho
Quero você para dividi-lo
Em grandes goles.

Odisseu Castro.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Meu inimigo


Meu inimigo
Meu maior amigo
O único que conhece
Meus defeitos
Para quem minhas atitudes
Importam
Meus pensamentos
Meus planos
Minhas ideias
Sua opinião
Me incomoda
Sendo ela boa ou não
Ele me observa com atenção
Com atenção eu o observo
Nossas vidas compartilhamos
Nos conhecemos
Mais do que a nós mesmos
Um jogo de egos
Bobas crianças
Meu inimigo
Meu maior amigo
Quem me diz a verdade
Sobre o que realmente pensa
A meu respeito
Doa a quem doer
E sempre me dói
Para quem meus segredos
Não são novidades
Para quem minha vida
Não é só minha
Para quem ajo
Desejando sempre acertar
Só para vê-lo bem
De mim falar
Mesmo se eu erro
Meu nome da boca dele
Não sai
E um sorriso em meus lábios
Aparece
E no fim
Ele será o único
Que em meu funeral
Uma coroa de flores
Porá em meu pedestal
O único que quero enfrentar
Além dessa vida
Encontrar em outras encarnações
Meu inimigo
Meu maior amigo
Meu único amor
Por mais que ambos
Não queiram admitir.

Odisseu Castro.

Há gente que não consegue perceber que, as vezes, o reclamar muito de uma pessoa nada mais é do que um sentimento amoroso oculto por ela. Pensando com meus botões um dia desses, veio-me à mente esses versos. É irônico pensar que, ao final, será nossos inimigos que lembrarão de quem nós fomos quando vivos, mas não deixa de ser uma realidade não muito distante.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Escravidão?

Não tenho nem mais desculpas para inventar. Então fiquem com esse poema pela demora na atualização dessa budega mítica! ^^


Eu ouço o tilintar das correntes

Que prendem o escravo de mim tão próximo

Eu ouço o estalar do chicote

Batendo nas costas do malfadado

Gritos e gritos de dor abafados

Por focinheira presa tão apertada

E no seu rastejar as gotas caem

De rubro suor deixando um rastro

Tenho só alguns anos e pouco entendo

Da tristeza da escravidão

Mas o que mais me choca

É ver que tal carrasco do bondoso homem

É minha doce irmã.

Odisseu Castro