terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Luzes de Natal



Tentando apagar o mal
Do meu coração humano
Só porque é Natal?

E durante o ano todo?
O que há de me iluminar?
Quais luzes se acendem
Para me guiar?

O que se acumula é muito
Um único mês não cura
Não são poucos sentimentos
Que me trazem amargura.

Um único mês somente
Jamais adoçará o sal.
Eu quero luzes eternas
Como as luzes de Natal.

Odisseu Castro.

Feliz Natal para todos! \o/

Rodrigo Ferreira.

Feliz hipocrisia de Natal


Viva a hipocrisia de Natal!
Um salve para as palavras vazias
E felicitações falsas!
Muita paz para aqueles que irão à igreja
Mas não pregarão em seus lares a Boa Nova!
Saúde em demasia para os levianos,
Destruidores de lares e mentirosos!
Grande abraço para aqueles que abraçam os outros
Carregando um punhal,
Mirando em costas inocentes!
Luz para os que roubam, matam, maltratam!
Amora para os caridosos de meia pataca,
Fazedores de boas ações por interesse
E aos que jamais se importam com o próximo!
Um Ano Novo repleto de realizações
Aos que têm pedras no peito e cinismo na cara!
É graças a vocês que sempre renovamos votos
Para termos um Ano Novo, novo de verdade.
Hipocrisia de Natal já temos em demasia.

Odisseu Castro.

Não, eu não sou mal amado, nem estou fazendo apologia para que as pessoas deixem de acreditar no Natal ou em sua importância simbólico-religiosa. Esse poema é somente mais um das minhas várias introspecções. Meu eu-poético fala sobre tudo e todos, então, não se zangue se não gostou ou se sentiu ofendido pelas palavras. Ou sim, não estou para agradar ninguém mesmo.

Feliz Natal! Ou não!

Rodrigo Ferreira.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Odisseu recomenda - A Batalha do Apocalipse - Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo



Esse post não possui spoilers (ou sim, leia por sua conta e risco)!

É incrível como ficamos com a cara na poeira quando jugamos um livro pela capa.
E eu não estou fazendo metáforas, falo justamente de um livro o qual não botei tanta fé de uma boa leitura (comendo um cup nodles e tomando um suco de frutas), mas acabei engolindo minhas palavras. E hoje o coloco como o melhor livro que li em 2012.
Escrito pelo brasileiro Eduardo Spohr e publicado pela editora Verus, A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo conseguiu me segurar do início ao fim com suas páginas de aventura e ação, misturando culturas, mitos e lugares, de uma forma que poucos escritores (principalmente brasileiros) conseguem fazer.
Narrando a história do anjo renegado Ablon e sua batalha contra a milícia celeste corrompida, comandada pelo arcanjo Miguel, e a milícia demoníaca, do arcanjo caído Lúcifer, o livro nos faz viajar ao redor do mundo, acompanhando o cenário do Apocalipse com o soar das sete trombetas e todas aquelas catástrofes imagináveis (e inimagináveis também).
Guerra, violência, lutas, amor e traição, esse livro foi uma indicação incrível que recebi e não me arrependi de ficar a madrugada lendo-o, ou mesmo perder o sono em suas páginas.
Emprestaram-me a 19ª edição. Fiquei chocado com o fato de nunca ter ouvido falar dele ou de saber de alguém que o tenha lido. Só soube da existência de tal leitura quando as Americanas chegaram a Macapá e trouxeram essa obra magnifica, mesmo que ela não tenha me encantado pela sua capa, não que ela seja feia, mas porque seu tema não me cativou tanto assim, já que essas ideias apocalípticas estão na moda que até enjoou.
Benditas as mãos que me emprestaram esse livro e bendito o autor que o escreveu.
Há tempos não me surpreendo com uma leitura tão boa assim, desde A Lenda de Fausto, da escritora brasileira (e amapaense, ETA GOD!) Samila Lages, que não fica atrás no uso dos anjos e demônios no seu escrito yaoi.
Talvez o que mais tenha me surpreendido nesse livro não tenham sido as lutas, os cenários ou o tema, mas sim a riqueza do conteúdo, a viagem que me foi proporcionada ao redor do mundo e ao redor da história bíblica. Sem demagogias baratas, deixando-nos com a mente aberta para novas perspectivas.
Quem o escreveu, estudou para escrevê-lo, não fez simplesmente a torto e a direito, juntando tudo em um emaranhado de palavras. Essa foi a peça-chave para o livro me atrair e me fazer criar esse bloco que ainda não havia em meu blog.
Fico orgulhoso em saber que alguém ainda se dedica a estudar um pouco da história (nesse caso mundial, mítica e celestial) antes de escrever um livro, principalmente em saber que o brilhantismo das palavras veio de um brasileiro.
Recomendo, sem dúvida alguma.
Espero um dia poder escrever os meus livros com a mesma riqueza de A Batalha do Apocalipse.

Agora só me falta devolver o livro e comprar o meu exemplar nas Americanas (escritor pobre!).

ATENÇÃO: Esse post não foi patrocinado! Nem conheço o autor!

Rodrigo Ferreira.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

História sem fim



Comecei a amar!
Meu peito acelera
Esqueci os amigos
Já é outra era.

Passo toda hora
Com o Amor na mente
Quando mais não penso
Ele está presente.

Nosso sonho amplia
Somos só nós dois
Luta um pelo outro
Outros são depois.

A crítica vem
Coisa muito chata
Eles não percebem
Que a inveja mata?

Quando o tempo passa
Aumenta a cobrança
Os casais mais fortes
Mantêm a balança.

E quando o fim chega
Só quero chorar
Eu busco ombro amigo
Pra me consolar.

Muitos não retornam
Tudo isso eu mereço
Pois toda amizade
Nunca tem seu preço.

Os que a mim voltaram
Me ajudam a sarar
Quando já estou bem...
... comecei a amar!

Odisseu Castro.

domingo, 2 de dezembro de 2012

X Encontro do Pena & Pergaminho


E o Pena & Pergaminho volta, antes do Fim do Mundo, para o seu último encontro do ano!
Teremos leitura de poesias, "Pergaminoso do Mês", discussões poéticas, Fluxo de Pensamento e o "Amigo Invisível Poético", onde trocaremos poemas entre os nossos amigos.
Além disso, o grupo resolveu se engajar no social e promover uma ação solidária. Quem for ao encontro pedimos, encarecidamente, que leve um quilo de alimento, brinquedos ou livros para doarmos para alguma instituição da nossa cidade.

Esperamos todos por lá!

Rodrigo Ferreira.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Coração de rocha


No templo de Hefesto você forja
Um coração mais duro do que rocha
Não deixe ele possuir o peito meu.

Se ser amado é tudo o que deseja
Não transforme todo amor em tristeza
Coração duro não é capaz de bater.

Porém se o seu desejo é me afastar
Você não demorará a ganhar
Nenhum sangue circula dentro de pedra.

E na hora que você for embora
Eu discutirei por sua demora
Mas, por dentro, a rocha estará em pedaços.

Odisseu Castro.

domingo, 11 de novembro de 2012

Mito poema - Dor de Anfitrião

Jesus? Faz tempo que não posto por aqui. Desculpem pelo afastamento (se bem que eu nem sei se vocês sentiram saudades, mas ok, vou fingir que sentiram e torciam para o meu retorno, preciso estar com o ego inflado esses tempo)!

Para pagar pela minha falta, vou postar um mito poema que desde o Mito de Íxion nunca mais postei.
E o mito da qual falarei será sobre Anfitrião, o corno manso mitológico. Eta beleza!

O mito de Anfitrião

Rei de Tebas, Anfitrião era casado com Alcmena, uma teteia de mulher que ninguém tirava o olho, nem mesmo as divindades olímpicas. O mais pop foi Zeus, que se apaixonou perdidamente por ela (parece que a Grécia era um berço de mulheres bonitas, hoje nem tanto).
Querendo aquela mulher de alguma forma, e sabendo que não seria fácil pegá-la, esperou uma guerra e a ausência do rei por um bom tempo para ter uma chance com a ninfeta. O que aconteceu com a Guerra de Tebas, onde o rei teve de estar presente.
Assim que ele partiu, Zeus e Hermes adentraram no castelo de Anfitrião. Zeus se disfarçou do rei e Hermes de Sósia, um dos servos de Anfitrião, o qual também tinha partido com ele para a guerra.
Entrando no quarto de Alcmena, Zeus fez o que tinha de fazer (ou que adorava fazer, sei lá), partindo de lá logo após a indecência. Hermes, disfarçado de Sósia, estava de vigia na porta e também voltou ao Olimpo quando tudo acabou. Alcmena, tonta (ou muito esperta), não desconfiou de nada.
Obviamente que nove meses depois nasceu o rebento da rainha com Zeus e Anfitrião se sentiu o pior dos cornos, pois sabia que aquele pirralho não era dele, já que as datas batiam com a estadia dele na guerra, ficando muito #chatiadu com Alcmena.
Zeus, compadecido, explicou tudo para Anfitrião, na maior cara de madeira:
- Peguei tua mulher, cara. Desculpa aí!
Anfitrião, ao invés de profanar os templos a Zeus, xingá-lo no Twitter ou mesmo mandá-lo tomar onde o sol não bate, sabe o que fez? Ficou feliz!
SIM, ELE FICOU FELIZ!
Pois achou muito digno de ser o corno marido de uma mulher escolhida pelos deuses. Pode uma coisa dessas? Por isso que ninguém respeita corno.
O rebento que nasceu da sacanagem de Zeus e Alcmena é o famoso Héracles (ou Hércules, para os que só entendem latim).
Depois disso, Anfitrião tornou-se sinônimo de corno manso aquele que recebe em casa e Sósia sinônimo de cópia humana.

O que podemos aprender com o mito de hoje? Anfitrião não é um adjetivo bom. Então, se alguém disser que você é um bom anfitrião, expulse-o de casa na mesma hora. Vê se pode uma coisa dessa! u.u

Rodrigo Ferreira.

Anfitrião procurando a esposa (kkkkkkkk...)
Dor de Anfitrião

Deixei você entrar em meus domínios
Só a você ousei baixar a guarda
Abri o peito meu para um amigo
Sem esperar de ti uma punhalada.
Ousado, revelei cada segredo
Cativante, mostrou-se confiável
Amigo, verdadeiro e companheiro
Até conhecer alguém mais louvável.
Por meu amor ficou apaixonado
Tentou, de todas formas, conquistá-la
Na minha ausência fez seus galanteios
E obteve o corpo de minha amada.
Mas que pesar foi quando descobri
Que compartilho a dor de Anfitrião
Abrindo a porta toda para aquele
Que ousará destruir meu coração.
Desculpe, mas não posso perdoar
Quem vê na amizade uma brincadeira
Você não é um deus e nem se deus fosse
Aceitaria de alguma maneira.
De Anfitrião posso ter o destino
Mas não carrego tal mentalidade
Suma da minha frente, falso amigo
Que sofra por toda sua eternidade.

Odisseu Castro.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Urubus


Tentei ser menos egoísta
E te dividir mais com os outros
Me arrependo amargamente.

Como urubus na carniça
Levaram até o que me pertencia
Nada deixaram de ti
Inclusive minhas lembranças devoraram.

Pena pior foi não ouvir
Um reclamar sequer de ti
Mas um sorriso de felicidade estampado no rosto.

Odisseu Castro.

HAPPY HALLOWEEN!

domingo, 28 de outubro de 2012

Bom, o que eu posso dizer depois dessas eleições municipais?



Bom, o que eu posso dizer depois dessas eleições municipais?
Por pouco, muito pouco, eu quase deixei de acreditar na minha terrinha de vivência, tudo por estatísticas que, eu não digo serem irreais, apontaram o contrário do que foi visto hoje.
Não podia. Não era o certo. Eu não acredito que um erro será cometido por duas vezes.
Depois de muita corrupção, prisões e desvio de milhões dos nossos cofres municipais, o povo macapaense decidiu, assim como nas eleições para o governo de 2010, na forma mais democrática existente, eleger um candidato novo para a prefeitura de Macapá. Sem falar que é um novo partido também que controlará a prefeitura nessa cidade.
Eu fico feliz e espero que esse novo prefeito seja responsável e comprometido com a população, tal qual fora prometido em sua campanha pela prefeitura, cheia de acertos (e alguns erros, claro).
Ao perdedor, meus mais sinceros pêsames. Você mostrou, por quatro anos, que não era condizente com o mandato. Sujou o nome da nossa cidade em todo o país e, depois, ainda veio pedir mais quatro anos para continuar algo que nunca começou, fingindo-se de coitado. Nada está provado, é verdade, temos uma justiça lenta, mas entre um que me deixa dúvida e outro que não, prefiro o que não. Sinto muito, mas isso não colou para a maioria do povo de nossa cidade e a prova está aí: margem ínfima, mas verdadeira!
Amamos Macapá SIM! Nosso amor por ela é tanto que decidimos não deixar alguém que somente nos envergonhou nos governar por mais quatro anos.
Agora, deixemos um novo político entrar no gabinete da prefeitura. Novo, promete muito para a nossa cidade.
Porém, não serei hipócrita ao dizer que defenderei em quem votei com unhas e dentes. Não sou fiel a nenhum político que não mereça isso!
Se no final desses quatro anos o novo se mostrar tão indigno de reeleição quanto o nosso velho ex-prefeito, somente digo uma coisa: EU SEREI O PRIMEIRO A NÃO VOTAR EM VOCÊ, MEU NOBRE NOVO PREFEITO, NA PRÓXIMA DISPUTA!
Eu estarei de olho e a nossa população também! Assim como foi feito!

Parabéns e que Macapá se reerga das sombras em que ficou jogada por quatro anos! Abram-se as portas para os concursos públicos para a prefeitura de Macapá! E que os contratos que tanto fizeram a cabeça das pessoas sejam transformados em empregos com carteira assinada para aqueles que realmente merecem e não se vendem!

Reerga-se, Fênix Tucujú!


Rodrigo Ferreira.

sábado, 20 de outubro de 2012

20 de outubro - Dia do Poeta - Ser poeta é muito mais


Ser Poeta é muito mais do que escrever
É muito mais do que unir palavras bonitas em estrofes
Bem mais do que rimar versos.
Ser Poeta é dar um sentido a mais
Em sua vida e na vida de quem o lê
Através das L-E-T-R-A-S.

Odisseu Castro.

Em homenagem ao dia 20 de outubro, Dia Nacional do Poeta!
Vamos "poetar" cada vez mais e sempre!

Rodrigo Ferreira.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ao professor



Nossa, faz quase um mês que não posto nada no meu blog (vergonha de mim mesmo! >.<). Porém, hoje é um dia especial, é Dia dos Professores. E eu, como um futuro educador, venho esperar minhas homenagens de vocês postar um poema criado justamente para esses profissionais, tão importantes em nossas vidas. Afinal, nenhuma profissão se faz sem o auxílio de um grande mestre.

Ao professor

Ensine, ó meu mestre, tão querido
Ensine essas crianças do presente
A construir as coisas mais a frente
Nada igual a do passado perdido.

Demonstre, com exemplo já vivido
Ao nosso curioso adolescente
Que todo ser humano é diferente
E que respeitar é algo aprendido.

Converse com os pais e responsáveis
A serem tolerantes e amáveis
Com os donos futuros desse chão.

Meu mestre, só você pode evitar
Uma calamidade ameaçar
Ao todo bom futuro da Nação.

Odisseu Castro.

Para os meus mestres, que tanto me auxiliam para melhorar sempre. Também para aqueles que já me ensinaram muito e jamais foram esquecidos.

Rodrigo Ferreira.

domingo, 16 de setembro de 2012

Azul, rosa e outras cores


Não é primeira vez que vejo manifestações pró-liberdade sexual sendo realizadas bem diante dos meus ungidos olhos e por pessoas de quem eu nem esperaria tais manifestações (uma delas já até aconteceu dentro da igreja, como já postei aqui).
Um dia desses mais uma delas aconteceu no meu local de trabalho. Que bom que eu estava lá para presenciar e trazer para vocês:

Um casal entra no recinto com o seu filho de uns quatro anos, mais ou menos.
Primeiro pedem algumas cópias de documentos, depois vão examinar o que a loja vende para ver se algo lhes interessa (o típico, “só estou olhando, obrigado, não garanto que comprarei alguma coisa.”).
O filho deles se atentou para as canetas de várias cores no balcão, pedindo ao pai algumas. Com quatro anos eu já sabia escrever a palavra “bola”, não sei se era o mesmo com a criança, mas enfim, isso não vem ao caso.
Típico “pai-coruja”, ele pergunta ao filho que canetas o pequeno gostaria de levar.
O menino, prontamente, escolheu várias para a alegria desse vendedor aqui. Azul, vermelha, verde, preta, alaranjada...

- E a rosa? – perguntou o pai. – Você não vai levar?
- Rosa? – perguntou a esposa parecendo que o pai estava oferecendo uma pedra de crack para o filho fumar. – Isso não é cor de homem.
- E cor agora tem sexo? – respondeu o senhor, calmamente. – O meu filho não será mais homem ou menos homem por causa de uma simples caneta rosa, e se isso mudar alguma coisa nele não será algo que possamos controlar com cores e nem com coisa alguma.

Um minuto de silêncio no recinto e um Rodrigo com cara de quem vai explodir de tanto rir.
PAFT!
A mulher ficou calada e virou as costas. O homem levou a caneta rosa e mais outras cores nada discretas para o filho, que não abriu a boca durante todo o ocorrido. Talvez até tenha gostado de levar uma porrada de caneta sabe-se lá para quê.

E o que eu tenho a dizer sobre isso?

ACHEI FOI POUCO!
Mesmo assim, foi muito digno da parte de um varão pai de família. u.u

Será muita utopia minha pedir que mais pais desse tipo apareçam nesse mundo? Seria tão bom.
E você? Faria o mesmo pelo seu filho?


Rodrigo Ferreira.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Iluminado



A mais divina luz que me ilumina
Não é do astro-rei que rege Apolo
Percebo a vinda dela dos seus olhos
Se não a tiver mais, eu sei, me imolo.

O sol pode apagar se ele quiser
A luz que me circunda é bem mais forte
Minha vida ganhará mais sentido
Se Himeneu puser em mim sua sorte.

Doce Apolo, que, lá do céu, nos mira
Jamais te zangues com esse mortal
Tua luz me guia na solidão
E afasta-me, sempre, de todo mal.

Porém, apaixonado como estou
Tenho perene luz que a noite brilha
Já quando não mais vejo a grande estrela
Mostrando, em cada cor, sua maravilha.

Agora eu desejo a luz dos amantes
Iluminando o céu do meu espaço
Iluminando o beijo apaixonado
De mim, do meu amor, em um abraço.

Ó Ártemis, da noite testemunha
Que esconde de amantes as aventuras
Não tente me ocultar, não tenho medo
Reflita o que eu sinto nas alturas.

Odisseu Castro.

Minha homenagem para o meu amor que está de aniversário hoje, 11/09/12.
Parabéns, meu tudo!
É a luz da sua vida que ilumina e me guia em meus caminhos.

Rodrigo Ferreira.

domingo, 9 de setembro de 2012

Pena & Pergaminho - Dia 14/09


E o Pena & Pergaminho volta esse mês de agosto para mais um encontro, o seu sétimo do ano.
Vamos nos deliciar lendo e ouvindo os poemas de nossos escritores amapaenses.
Esse mês teremos poemas eróticos para comemorar o Dia do Sexo que aconteceu dia 06/09.
Não percam mais essa noite de arte poética!

Rodrigo Ferreira.

domingo, 2 de setembro de 2012

Meu amor bipolar



Pois tu e Jano deveis ser parentes
Aquele deus romano de janeiro
Mas não por seres um deus verdadeiro
Mas teres duas faces diferentes.

Tão carinhoso és em alguns momentos
Sinto-me namorando um ser perfeito
Só que rápido mudas o teu jeito
Eu tenho de aturar os teus maus ventos.

Será que és algum ser bipolar
Querendo meu caminho desandar
Enchendo-o com instantes de sorrir

E, também, com instantes de tristeza?
Porém tu és toda minha fraqueza
Pois sei que jamais te deixarei ir.

Odisseu Castro.

domingo, 26 de agosto de 2012

Coisas bobas



Senti uma vez e quero mais
Do elixir que corre no teu corpo
Não me proíbas de experimentar
Dificilmente aceito rejeição.
Você pode me negar seu coração
Mas não é ele que eu desejo ainda
Quero conhecer primeiro a carne
Depois falamos de outras coisas bobas.

Odisseu Castro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Menino travesso



Mais que menino travesso
Ele não para quieto
Quer mais é se aparecer
Quer mais é me iludir.
Ele me olha e sorri
Um sorriso tão safado
Corre a língua pelos lábios
Passa a mão pelos cabelos
Joga-os para o lado.
Em dia que está calor
Faz questão de enxugar o suor
Levantando a camisa na minha frente
E passando-a pelo rosto.
Que suor que nada!
Quer só mostrar a barriga sarada
Adquirida na academia.
Gosta de me pegar no susto
Abraçando-me por trás
Gemendo um “te peguei!” ao meu ouvido.
Não. Você não me pegou
Mas torço por esse dia.
Pena que você não sai da brincadeira.
Quando eu parto para cima
Você já foge de mim.
Vem me falar de amizade
E coisas sem nenhum nexo.
Quando penso no fim
Lá vem você com seu chamego
Seu olhar sempre indiscreto
E brincadeiras que me excitam.
Eu volto a te desejar
Sem certeza de um futuro.
Mais que menino travesso
Complicado de entender
Se não está a fim de investir
Não cutuque com vara curta
Onça que quer dormir.

Odisseu Castro.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mito Poema - Fortuna

E mais um mito poema está para começar (#TodasGrita). Dessa vez apresentarei o mito de Íxion, o mortal que recebeu um castigo cruel por espalhar uma fofoquinha pela Terra, que zangou o Crônida (leia-se Zeus). Descobri tal mito não tem muito tempo e adorei, espero que gostem também.

O mito de Íxion

Junto de Tântalo (cujo mito poema já foi apresentado) e Sísifo, Íxion figura como um dos maiores vilões da mitologia grega aos olhos dos deuses, porém, os dois primeiros ainda têm argumentos prós e contras, já os advogados de Íxion dificilmente conseguem provar sua inocência.
Apaixonado por Dia, filha de Eioneu, Íxion disse que daria seus cavalos se a mão de Dia lhe fosse dado em casamento. Amando cavalos (oi?) Eioneu cedeu ao pedido de Íxion, mas o esperto não cumpriu com o acordo. Revoltado, Eioneu tomou a força o que era seu (promessa é dívida), fazendo com que Íxion jurasse vingança.
Não sabendo escolher entre a morte e o sofrimento para o sogro (que dúvida cruel, não?), Íxion resolveu fazer os dois: construiu uma câmara incendiária e convidou o seu sogro para um chá das cinco, fingindo que era uma reconciliação.
Doido para tomar chá, Eioneu chegou à casa de Íxion, entrou na câmara camuflada de um dos cômodos da casa e caiu na armadilha do anfitrião.
Gritando e esperneando, seus lamentos fazem a consciência de Íxion pesar, mas já é tarde demais quando ele o tentar salvar, Eioneu já tinha virado carvão.
Enlouquecido pelo ocorrido, Íxion vagou pelas ruas como um mendigo, percebendo que somente recuperaria sua sanidade se fosse purificado, mas ninguém sabia como purificá-lo, já que matar um parente não era um dos crimes mais comuns daquele tempo (hoje já é tendência).
Zeus, compadecido, curou Íxion e ainda o convidou para brocar no Olimpo, o que logo foi aceito pelo mortal. Cheio da bebida divina, Íxion, abusado que só ele, começou a dar em cima de Hera, a esposa de Zeus, que logo deu o bocão ao marido.
Ao invés de lançar um raio na testa de Íxion, Zeus resolveu brincar com a cara dele, forjando uma nuvem parecida com Hera e deixando que Íxion fizesse “saliência” com a nuvem. Dessa relação nada convencional nasceram os Centauros (que também não são nada convencionais), criaturas metade homens, metade cavalos (se bem que eu não entendo como os cavalos entraram na história, já que ele copulou com uma nuvem, mas enfim).
Voltando para a Terra, o mortal começou a espalhar que tinha dado uns pegas na Hera, na frente do próprio Crônida e ter voltado com vida para contar a fofoca. Irritado, Zeus jamais se permitira ficar com fama de corno na Terra inteira e fulminou Íxion com um raio, mandando-o para o Tártaro.
Chegando lá, Íxion foi amarrado a uma roda em chamas e condenado a nela girar por toda a eternidade (MWAHAHAHAHAHA). Vai mexer com a esposa de gente mais poderosa do que tu, vai.

Rodrigo Ferreira.
Ixion in Tartarus on the Wheel (1731) - Bernard Picart

Fortuna

A roda da fortuna gira
Estou preso nela
Não há riquezas no final
Minhas costas estão queimando.

Grito de dor! Quem se comove?
Riem de mim, me querem mal.
Não entendo esse meu castigo
Cruel ao homem animal.

Tão desprezível sou no mundo
Não caem lágrimas por mim
Todos assistem meu suplício
Desejo logo pelo fim.

Mas a tortura continua
Pois todos querem muito mais.
Serei de Íxion descendente?
Já nem sequer ouço meus “ais”.


Odisseu Castro.