sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bobo da corte


Pude sentir
Você partir
Para distante
De mim tão longe.

Sua paixão
Seu coração
Não eram meus
Ou jamais foram.

Você sorria
Com alegria
E eu vendo isso
Não suportava.

Pois sempre achei
Que eu era o rei
Que dava cor
Ao ser castelo.

Estava errado
Eu era usado
Somente o seu
Bobo da corte.

A dor tamanha
Em minha entranha
Levou a mente
Para a loucura.

Peguei uma faca
Que cego ataca
E sem pensar
Cravei no peito.

Sangue jorrou
Você gostou
Seu riso torto
Não mais sumiu.

Puder acordar
E constatar
Que tudo aquilo
Era verdade.

Você se foi
Com outro alguém.
Amor eterno?
Vá pro inferno!

Odisseu Castro.

4 comentários:

  1. Um pouco de revoltz faz bem. Muito bem construído. Parabéns poeta.

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  2. ' Adorei o novo texto. Há tempos não vejo por aqui. Tá cada dia melhor. Adorei o final: "Amor eterno? Vá pro inferno!" - Parabéns!!! =)

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  3. Eis-me aqui, de volta a Ítaca. rs.
    Estou devendo tantas visitas aos blogueiros parceiros...
    Isto de amor eterno, me questiono se ainda há gente que acredita...

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  4. cá estou de volta a itaca, eita mulher sanguinária
    "Sangue jorrou
    Você gostou
    Seu riso torto
    Não mais sumiu." rs, belo texto, cheio de raivamagoa e versos fortes.

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