domingo, 15 de julho de 2012

Mito Poema - Igual Penélope

Preparados para mais um mito poema?
Dessa vez eu decidi optar por um mito que muito me agrada, a da mulher mais fiel que já tive questão de ler sobre, trata-se de Penélope, a esposa de Odisseu (sim, do original, não do meu pseudo!).
Preparados, então vamos lá!

O Mito de Penélope

Penélope é a rainha de Ítaca (isso te lembra algo?) e esposa de Ulisses (Odisseu, para quem só entende grego), filha de Icário e Periboea e mãe de Telêmaco. Depois que seu marido viaja para batalhar na Guerra de Tróia, Penélope o espera pacientemente, sem olhar para os lados. Pura fidelidade.
Enquanto o bravo Odisseu pensava em construir um cavalo de madeira para invadir Tróia, Penélope o esperava em Ítaca, sendo atacada por vários varões que a queriam desposar, já que ela era belíssima e não era uma drag, mas uma queen, era mais quem queria.
Não sabendo se o genro estava vivo ou morto, o pai de Penélope achava melhor ela se casar outra vez, pelo sim ou pelo não, já que isso poderia acarretar na invasão do reino que estava sem o seu rei para defender. Mas ela pouco se incomodava e queria esperar pelo seu boy magia, que levasse o tempo que fosse (Odisseu devia fazer bem).
Após muito insistir, Penélope aceita que os pretendentes a galanteassem na cara dura (fácil assim?), mas não escolheria nenhum dos machos antes de terminar uma mortalha para o pai de Odisseu que tinha ido visitar Hades. Porém, durante o dia, aos olhos de todos os seus pretendentes, ela fiava a mortalha; à noite, quando todos dormiam, ela desmanchava o que tinha feito, adiando o máximo possível o seu destino (agora sim!).
E ela fazia isso bem, até que uma das suas criadas linguarudas deu o bocão para todos.
Descoberta, ela propôs outra coisa ao pai e aos outros homens: Odisseu tinha um arco muitos dos seus duros (oi?), sabendo dessa consistência, ela falou que casaria com aquele que conseguisse o encordoar e disparar uma flecha desse arco pelo aro do cabo de dez machados alinhados (algo fácil e que qualquer grego conseguia! [/ironiamodeoff]).
Somente um humilde e velho camponês alcançou ta proeza. Camponês que nada mais era do que Odisseu disfarçado com a proteção de Atena, após retornar a Ítaca.
Após o feito, Odisseu todos os pretendentes da esposa, pois é assim que se acaba com a concorrência.

E essa é a história de Penélope. Ela é ou não exemplo máximo de fidelidade ao seu amor? Vamos seguir o exemplo dela?

Rodrigo Ferreira.

Penélope e os pretendentes (1912) - John William Waterhouse
Igual Penélope

Quantas mortalhas mais irei tecer
E quantas outras mais desfiarei
Só para ter o meu amor de volta
Que partiu e nunca mais regressou?
 Destino de fiandeira amaldiçoada
Sangue de Aracne corre em minhas veias
Ou punição divina recai sobre mim?
Muitas perguntas, nenhuma resposta.
O meu trabalho faço com afinco
Para vê-lo destruído mais tarde.
É pura inveja que têm do meu labor
Ou julgamento de Palas premeditado?
Eu fiarei bem mais, eu fiarei
Só para tê-lo de novo no gentil leito
E outras costuras mais destruirei
Se tudo isso te fizer voltar.
Meu sacrifício é pouco se comparado
A tudo de bom que tenho ao lado teu.
Esperarei tão fiel quanto Penélope
Esperou, com amor, o bravo Odisseu.

Odisseu Castro.

Um comentário:

  1. Eu acho a história de Penélope e Odisseu, muuuuito linda, um pouco melancólica, mas linda. Um ensinamento de lealdade para aqueles a quem se ama. Não só o "marido", mas as pessoas que fazem do mundo um lugar melhor. A quem a gente sempre espera...
    Agora aqui, impressionante esses teus poemas. Sempre têm um fundo de verdade nestes versos, abarrotados de amor. Vai dizer que quando escreve, não pensa em alguém? Né???
    Sei que sim!

    Beijinhos mon amour'

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