sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Na margem do Aqueronte

Caronte e Psiquê - John Roddam Spencer Stanhope - 1829 - 1908
O barco vem à margem me buscar
Tenho as moedas para o pagamento
Está para iniciar meu tormento
E desejo logo isso começar.

Eu vejo o Barqueiro se aproximar

Sua mão carcomida em chamamento
Troquei Esperança por Sofrimento
Para poder, enfim, na barca entrar.


Mas quando estou para comprar o meu passe

Caronte não permite que eu entrasse
E, antes de ir embora, assim me diz:


- Você ainda não pode morrer.

Se alguém precisa de ti p’ra viver
Retorne à vida e tente ser feliz.


Odisseu Castro.

Um comentário:

  1. Adoro mitologia e o modo como aborda essas histórias em seus poemas. Muito lindo, Rodrigo.

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