quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Carta do mês de dezembro para o dono do blog: Deméter

Mais um ano findando e eu, pela última vez desse ano, postando minha carta de dezembro. Esse ano tive muitas coisas acontecendo, boas e más: acabou um relacionamento de quase cinco anos, saí de férias pela primeira vez depois de entrar no corpo de bombeiros, revi entes queridos depois de anos afastado, conheci novos lugares e pessoas, sofri decepções amorosas (uma que jamais esquecerei)... enfim, o mundo parece um grande mistério do cosmo, indescritível, mas, em algumas situações, parece totalmente previsível, como foram os casos das cartas que tirei no início do ano, que foram, como eu havia dito desde comecei a postá-las aqui, coincidentemente parecidas com o que aconteceram no meu ano: EM TUDO!
Deixei essa última carta para postar no penúltimo dia do ano pois queria sentir se ela agiria por todo o mês. E não é que ela agiu mesmo?
Com vocês, a carta de dezembro: Deméter.


Mitologia

Deméter, cujo nome significa "porta de entrada para o feminino misterioso", foi adorada como a Grande Deusa muito tempo antes de os gregos patriarcais conquistarem os povos que adoravam a Deusa que agora é Grécia e impusessem seu panteão olímpico dominado por Deuses masculinos. Como grande Deusa, Deméter é conhecida por criar a agricultura, por instituir a ordem social e por seus ritos de mistério em Elêusis. Num belo dia de primavera, a filha de Deméter, Perséfone, foi capturada por Hades, Deus do Inferno. Em meio a dor e ao trauma emocional, Deméter retirou sua energia vital da Terra e veio o inverno. Zeus persuadiu Hades a devolver Perséfone a Deméter. Para induzir Perséfone a ficar, pois ninguém pode voltar do inferno depois de comer o alimento dos mortos, Hades deu a ela uma romã, e ela comeu seis sementes. Assim, foi-lhe permitido voltar para Deméter durante seis meses do ano. Os outros ela passava com Hades no inferno.

Significado da carta

Deméter veio para iluminar seu caminho pelas trevas e pelo desafiador labirinto dos sentimentos e das emoções. Está na hora de alimentar a totalidade aceitando, reconhecendo e expressando os seus sentimentos. Sentimentos são o que você sente. Emoções são as suas reações aos sentimentos. Sentimentos não-expressados crescem e podem provocar doença, pois ocupam espaço interior e bloqueiam o fluxo de energia sã. Talvez seus sentimentos (e você) não tenham sido ouvidos quando você era criança, por isso você precisou dar mais energia a eles para receber qualquer tipo de resposta Talvez seu medo das emoções ou dos sentimentos a tenha deixado muito vulnerável; talvez a tenha soterrado ou levado a lugares de onde você não é capaz de voltar. Deméter diz que, quanto mais você aprender a aceitar e a reconhecer seus sentimentos, menos tempo você gastará em redemoinhos emocionais e mais energia terá para viver a vida. Quanto mais você aprender a aceitar e respeitar os seus sentimentos, mais seguro se tornará expressá-los.

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Será que é essa a carta que me diz que está na hora de recomeçar?
O meu ano foi marcado por Ártemis, a deusa celibatária da caça, que significou o individualismo no meu ano inteiro, um ano sem a intervenção amorosa, mesmo que ela aparecesse por parte dos outros. Não tive do que reclamar, foi um ano bom, apesar dos apesares, mas senti que faltava algo. Não sei ainda, demonstrar os sentimentos parece algo bem difícil pra mim, ainda mais agora, ainda mais depois de tudo... O ano acabou, essa carta passou. Não demonstrei os sentimentos para quem devia, talvez isso realmente tenha significado o individualismo no ano inteiro. E foi.

Que esse novo ano traga bons ventos. Amor? Talvez. Mas vamos que vamos. Deixar rolar aí. :)
Feliz Ano Novo para todos.

Rodrigo Ferreira

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