segunda-feira, 19 de março de 2012

Destino de Medusa



E sibila a Medusa ensandecida
Ela não pode, nenhum pouco, amar
Pois todos que lhe tentam admirar
Acabam, sem querer, perdendo a vida.

Andando a esmo ela está perdida.
Não há uma só mão a lhe afagar
Que sua cabeça não queira arrancar.
Ninguém lhe quer minha pobre querida.

Afrodite, porém, me abençoou
Deu-me um amor, a ela sou contente
Além de afastar quem não me amou.

A deusa disse a mim: Siga pra frente.
Uma vida feliz assim te dou
Não um qualquer destino de serpente.

Odisseu Castro.

2 comentários:

  1. ' Sinto inveja de você, poeta. Queria escrever assim tão bem quanto você. Parabéns. =)

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  2. Muito bom. Devemos agradecer pelo destino que temos. E ver que existem fios que são tecidos com linhas de ouro e outros não.

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