segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vai ler a Bíblia!


Vai ler a Bíblia, ao invés disso.
            Um dia, estando em minha labuta diária, deparo-me com a seguinte situação: uma senhora veio em meu estabelecimento de trabalho bater umas cópias de documentos, acompanhada de duas crianças (provavelmente seus filhos).
Uma das crianças, um menino, daqueles que adora ficar vagando em loja mexendo em tudo que pode, se divertia olhando algumas revistas em quadrinhos da Turma da Mônica, enquanto a outra, uma menina, ficava do lado da mãe, fazendo cara de paisagem, como se fosse muito interessante olhar aquela papelada de documentos que a mãe estava tirando cópias.
Quando as cópias da senhora estavam para acabar, o menino veio perto da mãe, com aquela cara de criança pidona, e pergunta se a mãe poderia comprar uma revistinha para ela.
Oras, estamos em uma sociedade em que uma criança pedir algo para ler (mesmo que no final ela só olhe as figuras, mas É uma leitura), é raro e deve ser incentivado ao máximo, justamente pela raridade e os benefícios da leitura. Claro que não é nenhuma Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, ou Dom Casmurro, do Machado de Assis, mas é uma leitura construtiva, além de inocente (ou vocês vão me dizer que a Turminha do Maurício de Souza já foi corrompida?).
Bom, é claro que se essa história terminasse com um final óbvio demais não estaria aqui no meu Blog puro fogo.
A senhora, em toda sua ignorância elegância, simplesmente falou pro filho:
- O que é isso? Gibi? Vai ler a Bíblia, isso sim. Não essas coisas.
Passados em Cristo? Pois é, eu também fiquei.
Não quero julgar o modo como alguém cuida de seus filhos, mas se você realmente quer que ele tenha o hábito de ler o livro mais vendido do mundo (que é a Bíblia, não Crepúsculo), isso deve ser feito de uma forma natural, não como se ele fosse obrigado a isso.
A criança deve ser instigada à leitura, primeiro, com outras leituras de sua faixa etária, que esteja mais próxima delas, da sua linguagem e da sua sociedade, qualquer coisa fora disso se torna desestimulante, desinteressante e eu digo isso porque já fui criança um dia (Verdade! Eu já fui sim!).
A Bíblia não é fácil de entender, ainda mais para uma criança de sete anos, mais ou menos. Ser obrigado a essa leitura em nada contribuirá com o seu desenvolvimento, pelo contrário, só vai mostrar que a leitura da Bíblia é mais uma punição de uma religião que a criança não optou em participar do que algo que a religião (seja qual ela for) incentiva (não manda!).
Não estou dizendo aqui que a leitura da Bíblia não é importante, é chata e tudo mais, justamente para não esbarrar em fundamentalistas religiosos e para não entrar em contradição comigo mesmo, que já li. Reconheço a importância do Livro e que abençoado seja quem, além de ler, segue os seus ensinamentos de forma correta e de acordo com a época atual, não literalmente e como se vivesse em 2012 a.C..
No final, só pude perceber um rosto triste, uma mãe que pouco se importa com isso e uma venda de quadrinhos que não foi realizada. Pena para os três. Sim, para o três: o menino que não ganhou a revista, eu que não fiz a venda e para a mãe. Ou vocês acham que aquele menino vai chegar em casa, pegar a Bíblia de pura e boa vontade, e começar a ler até o outro dia?
HÁ! Faz-me rir.

Rodrigo Ferreira.

Ainda preciso melhorar muito como escritor


Hoje terminei de ler um pequeno acervo de contos do meu querido amigo (e homônimo de primeiro nome) Rodrigo Mergulhão. Após um longo (bem longo) tempo de procrastinação, finalmente concluí a leitura que ele já havia me passado há tempos e eu, por estar ocupado (ou por pura preguiça, confesso), adiei uma das maiores leituras da minha vida, o livro “Manga Morena”.
A partir dessa vasta leitura, pude conhecer, além de fatos curiosos do meu estado de nascimento, o Pará, um grande escritor regionalista, tão conhecedor desse estado que eu nunca fui em vida, já que a maior parte dela passei em Macapá e mesmo assim não conheço muito da história das Terras Marajoaras.
De cunho regionalista, saudosista, social, crítico e emocional, Manga Morena é uma coletânea de oito (atualmente pelo menos, com previsão de ampliação, segundo me consta) maravilhosos contos sobre pessoas comuns, sonhadoras e batalhadoras, cheia de histórias e conhecimentos para repassar para quem os lê, mas todos criados a partir de uma única e brilhante mente.
Sem dúvida algo que todo conterrâneo deveria ser obrigado a ler, quem não fosse, deveria ter a curiosidade de buscar. Eu me maravilhei, mas poderia ter me maravilhado antes. É um trabalho tão bem elaborado que me orgulho de poder sequer apertar a mão de um homem que tem um dom tão bonito.
Com pesar também constato que tenho muito a aprender na arte de escrever contos (além de melhorar nos meus versos, já que ele detona nesse setor também), os meus nem sequer se comparam com toda a elaboração e trabalho desse grande escritor e amigo. Fora o de muitos que já apreciei também.
Que pelo simples contato que tenho com ele, possa absorver um pouco desse conhecimento, desse jeito de escrever, dessa humildade, que Rodrigo Mergulhão tem (nessas horas que o poder do Silas, de Heroes, me seria muito útil).
Desculpa pela demora na leitura, amigo, você sabe como é que são as coisas na nossa vida, mas parabéns pelo acervo e espero ler mais de seus escritos futuramente.

Rodrigo Ferreira.

P.S.: Continuo achando que, pra quem fuma, falar nos contos sobre os problemas que o cigarro causa, e não parar de fumar, é totalmente contraditório no quesito “relação autor-obra”. Que um dia tudo isso mude. ^^

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Você, um bom amigo


Um grande e verdadeiro companheiro
Maravilhoso é ter um ao meu lado
Não há razão pra ser amargurado
Se tenho um amigo verdadeiro.

Não troca sua amizade por dinheiro
Nem finge estar comigo preocupado
Com minha arte fica admirado
Eu não mereço alguém tão lisonjeiro.

Você me apareceu tão de surpresa
E tão ligado a minha natureza
Que fácil eu te quis como amigo.

Por esses versos quero agradecer
O quanto estou feliz por conhecer
Você, que quero sempre aqui comigo.

Odisseu Castro.


Poema feito em homenagem ao meu amigo Kelvin Almeida, pelo seu aniversário do ano passado. Acho que merecia um lugarzinho em Ítaca também. ^^

Rodrigo Ferreira.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A mulher da esquina



Na esquina de uma rua
Há uma moça formosa
De um vestido bem vermelho
Bolsa de marca famosa
Perfumada ao extremo
Com a pele hidratada
Está tão bem maquiada
Que se passa por dengosa.

Ó mulher da rua escura
Quanto é o seu serviço?
Eu te pago muito mais
Pra deixares tudo isso.

O seu preço é barato
Com outras moças comparado
Faz de tudo o que pedirem
Só não beija o convidado
Já foi tão violentada
Mas da dor nem mais reclama:
- Qual motivo de tanto drama?
Vai sarar o machucado!

Ó mulher da rua escura
Quanto é o seu serviço?
Eu te pago muito mais
Pra deixares tudo isso.

Já tentou abandonar
Muitas vezes essa vida
Completar os seus estudos
Retornar à mãe querida
Mas tal coisa é complicada
Não lhe restou opção
Ninguém lhe estendeu a mão
Nessa vida tão perdida.

Ó mulher da rua escura
Quanto é o seu serviço?
Eu te pago muito mais
Pra deixares tudo isso.

Em seu último trabalho
Ela, a dor, não suportou
De um cavalheiro covarde
Que tanto a violentou
Sua bolsa se perdeu
O vestido está rasgado
Seu batom está borrado
O perfume dissipou.

A mulher da rua escura
Não faz mais o seu serviço
Eu, porém, bem que tentei
Tirá-la de tudo isso.

Odisseu Castro.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Carnaval? Vou me cuidar.

É gente, Carnaval chegou, todo mundo empolgado, feriadão prolongado e muitos lugares para curtir.
Sei que isso sempre é dito em todo lugar, mas não é muito repetir que temos que nos cuidar.
Usemos nosso cérebro e pensemos em tudo que vamos fazer antes de cair na folia com os amigos ou mesmo com alguém desconhecido.
Vamos sempre ponderar na bebida, nas brincadeiras e, claro, usar camisinha com aquelas pessoas que acabamos de conhecer e que nos atraíram sexualmente, doenças estão aí e se nós estamos para brincadeiras, elas não estão nem um pouco.

* Se o álcool já é uma droga alucinógena, imagine se misturada com outras brincadeiras nada inocentes e mais alucinógenas que ele. Isso é um perigo. Então se cuide. Nada de se empolgar e encher a caneca de cachaça, esquecer que tem uma vida e fazer burrada. Não sigam o exemplo da periguete do BBB. Há estupradores na avenida, nunca esqueçam.

* Cuidado nas brincadeiras sem graça e nas piadinhas infames. Ser mal interpretado no Carnaval é fácil, difícil é aguentar as consequências de uma brincadeira que acabou virando coisa séria. Nada de bancar o "Zé Graça" com o cara que está vestido de mulher, típico do Carnaval, pois ele pode ser bem mais homem do que o seu pai e te dar uma boa surra. Olha o preconceito, respeito as escolhas de cada um. Não queime a rosca o filme de ninguém pra também não ter o seu queimado.

* Conheceu um gatinho/gatinha? Pintou um clima? Vai levar pra algum canto? Conheço um motel muito bom Use caminsinha. Essa pessoa já pode ter rodado tanto pela cidade quanto um pião arremessado ao chão, então não é bom arriscar, né? Pode nao ser nem a AIDS, mas já sendo uma DST não é nada legal. Se prevenir nunca é demais, ainda mais que todo mundo sabe que amores de Carnaval não são eternos.

Ah, você não gosta de Carnaval? Acha que é festa de pobre? Um pão-e-circo da atualidade? Isso é SUA opinião, se outros compartilham a mesma nada mais fazem do que realizar um direito. Então, também fique na sua e tome os mesmos cuidados, afinal, usar de alucinógenos, ofensas e sexo sem proteção, não é somente coisa de folião, né verdade? Cuidado é a primeira coisa que devemos ter ao sairmos de casa.

Bom, sei que muitos blogs fizeram isso que fica até repetitivo, mas aqui em Ítaca cultura e sociedade também é importante, ok? Vamos nos cuidar sempre. ^^


Rodrigo Odisseu.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Preguiça

Poxa, poxa. Meu sexto conto já está todo completo, só estou dando uma revisão nele e acrescentando mais coisas para completar mais a ideia e não deixar nenhuma lacuna na história, mas a preguiça, o trabalho e mais um vício em minha vida, chamado maconha Facebook, não me deixam avançar.
Ó, GOD, permita que nesse feriado de Carnaval eu conclua isso e possa começar a distribuir aos meus leitores.

Rodrigo Ferreira.

Olhar perdido

 Debrucei-me sobre seus olhos
Para tentar desvendá-los
Com tristeza constatei
Eles estavam fechados.

E quando, enfim, abriram
Ficaram tão diferentes
Nem olhavam para mim
Que tanto os elogiei.

Amargura nessa mente
Que buscava inspiração
No brilho do seu olhar
E em todo seu mistério.

O meu foco se perdeu
Eu me perdi, na verdade.
Voltarei a admirá-los?
Bem, só me resta esperar.

Odisseu Castro.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Um amigo que partiu


Você sumiu da minha vida, caro amigo
Como as folhas de uma árvore
Levadas pela tempestade
A sua tempestade foi o amor.
Eu, que me debrucei sobre seu olhar
Para desvendar o que habitava no seu ser
Vi as minhas tentativas frustradas
Pois não tinha mais esse olhar
Enigmático e desconfiado para mim.
É triste te ver indo para longe
Sem nem ao menos me despedir.
“Não será nada”, você me dirá.
Só que já foi tudo e o nada sou eu.
Que você vá e seja feliz
Mas que jamais torne a maltratar de novo
O coração de um ser amigo
Que tanto se dedicava a você.
Viva, se apaixone, ame.
E, quando lembrar que ainda existo, volte
Para que eu possa continuar de onde parei
A analisar, com tanto gosto, esse olhar
Que tanto um dia me desafiou e ainda não desvendei.
O seu olhar.

Odisseu Castro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um dia tudo passa


Mais um ano passa e o que nos aguarda?
Mais momentos alegres
Ou tristezas profundas?
Se for tristeza, o que fazer para não se levado por esse abismo,
Muitas vezes sem volta?

Tristeza nunca foi mais do que uma fase
Essencial para o ser humano se fortalecer.
Triste mesmo são as pessoas que acreditam em sua eternidade
E não fazem dela motivos para crescer.
Não deixe que o tempo tire a suas forças
E nem que a tristeza espalhe as suas doces conquistas
Pelas águas desse caminho que chamam de vida
Que nem sempre são tão fáceis de navegar.
Você pode não viver 365 dias alegre
Mas também não passará metade deles lamentando
Há pessoas que acreditam em você
E vivem somente de te ouvir recitar e cantando.
Não passe para elas outra aparência
Além da sua alegre e sempre jovial
Que tanto contagia com sua presença
Transformando uma simples reunião em um carnaval.
Mostre sempre o quão forte você é.
Se pássaros podem cantar na chuva
Anunciando que o sol ainda brilhará
Você também pode viver em meio ao tempo ruim
Tendo certeza que hora ou outra ele cessará.

Odisseu Castro.

P.S.: Poema escrito em homenagem ao meu amigo Pedro Stkls que estava de aniversário no dia 10/02. Claro que esse poema foi entregue a ele de presente no dia certo. ^^

Rodrigo Ferreira.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Amor e Psiquê


Amor e Psiquê se encontravam
Nos campos de Arcádia diariamente
Afim de que Afrodite, descontente
Não viesse a atrapalhar onde estavam.

As margens de um lago descansavam
Tratavam um ao outro docemente
Trocavam um carinho tão ardente
Que todos os que viam se animavam.

Ninguém naquele monte podia negar
Da força que era o apaixonar
Entre aqueles dois ou o porquê.

Porém, muitos ali se confundiam
Ao ver aqueles que se refugiam
Achavam se tratar de mim e você.

Odisseu Castro.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lira de Poetas Falsos


Vamos, poetas
Vamos juntar
Nossos poemas
E recitar
Quem sabe um grupo
Até criar
Para falar
Falar, falar
Falar, falar...
Sempre falar.

Grupo criado
Tem reunião
Poetas novos
Logo virão
Trazem sonetos
Lira e canção
Querem falar
Falar, falar
Falar, falar...
Sempre falar.

O grupo cresce
Fica enjoado
Eu vou embora
Mas meu recado
Em alguns versinhos
É recitado
Tem que falar
Falar, falar
Falar, falar...
Sempre falar.

Porém se mudam
O que criei
Em pouco tempo
Eu saberei
E coisas logo
Inventarei
Para falar
Falar, falar
Falar, falar...
Sempre falar.

Pouco importa
Vou ofender
Pra mim só quer
Se aparecer
Quem nesse grupo
Quiser mexer
Não vai falar
Falar, falar
Falar, falar...
Sempre falar.

Poetas falsos
Querem humilhar
Quem nesse grupo
Vaio somar
E a todo mundo
Querer ajudar
Com seus escritos
O seu olhar
Cantar, sonhar...
E seu falar.

Odisseu Castro.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Novo Conto - Apolo e Jacinto

A Morte de Jacinto, de Méry-Joseph Blondel
Finalmente está em fase de conclusão o meu sexto conto (ETA JACÓ!). O nome ainda não está decidido, mas a temática que seguirei será bem diferente de qualquer um outro que já escrevi.
Farei o recontar de um mito, o de Apolo e Jacinto. Espero que fique realmente bom, da mesma forma que os meus outros cinco ficaram (isso segundo os meus leitores, coisa que eu acredito).
Ah, e a propósito, os meus outros cinco contos publicarei no blog, assim todo mundo fica conhecendo um pouco da minha perda de tempo do meu trabalho como escritor (cof cof). Não é demais? NÃO! Então aguarde mais um pouco e reze muito.

Rodrigo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Prometeu, o bom Titã

Prometeu, o bom Titã,
Aos humanos o fogo deu.
Por amor a essa raça
Um castigo recebeu.

Tal amor foi sua ruína,
Pois o imortal sente dor.
O que ele fez não foi crime
Mas, sim, um grande favor.

Conhecendo o bom Titã
A um rochedo acorrentado
Falo com ele um pouquinho
E recebo esse cuidado:

- O Amor é um perigo
Tenha cuidado, Odisseu.
Olhe, hoje, o meu estado.
Não seja outro Prometeu.

Odisseu Castro.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Lembre-se



Mas que sorte foi a que eu tive
De poder te conhecer
Encontrar alguém assim
É difícil acontecer.
Mesmo procurando bem
Ter-se alguém com quem falar
E também poder confiar
É bem raro eu merecer.

Não se preocupe menino
Disso sempre vou te lembrar
De que não sou como os outros
Que só querem te usar.

Ao saber o seu segredo
Que só a poucos falastes
Fiquei com medo, confesso,
Logo quando o revelastes
Mas foi algo passageiro
E fiquei feliz mais tarde
Por saber que, sem alarde
Você em mim se apoiastes.

Não se preocupe menino
Disso sempre vou te lembrar
De que não sou como os outros
Que só querem te usar.

Aparece, de vez em quando,
A você algum palhaço
Que, na verdade, só querem
É dormir no teu regaço
Tipo um mero objeto
E assim vão te iludindo
Maltratando, te ferindo,
Como se fosses de aço.

Não se preocupe menino
Disso sempre vou te lembrar
De que não sou como os outros
Que só querem te usar.

Mas eu, sim, sou diferente
Sou amigo de verdade
E nessas linhas eu gravo
Para toda eternidade
Que, para mim, és importante
Não mais um na multidão
E te digo, de coração,
Que me trazes felicidade.

Não te preocupes em vão
Leia e vais se lembrar
Pois não sou como aqueles
Não sirvo pra te usar.

Odisseu Castro.